🍀Nineteen🍀

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     A tarde, Namjoon lhe dá a notícia que tanto temia, mas já estava consciente de que aconteceria, ao olhar para o horizonte, suspirou e sorriu. Jimin junto a Yoongi e Woo Sik desembarcam em Seul, como sempre, andavam separados e sem levantar qualquer suspeita a seu respeito, suas tatuagens eram a marca de que não precisavam dizer nada a ninguém, e sim fazer elas falarem para eles.
    Taehyung recebe uma ligação desconhecida e atende, ao ouvir a voz, seu sangue ferve, fazendo com que ele colocasse seu autocontrole em prática:
     – Já soube das últimas? Uma pena, né. Ele era tão bom no que fazia. E então, Taehyung. Você vai esperar até quando? Todos os seus amiguinhos morrerem? Ou sua amada sendo violentada na sua frente e você apenas assistindo ao show de horrores?
     – Não ouse, me ameaçar. Dá pra sentir daqui o seu medo. O que foi? Ficou mais covarde, depois de matar Min Seok e decidiu acabar com a vida do companheiro dele, apenas para alimentar seus medos?
     – Não banque o psicólogo. Você tem até hoje pra se decidir. Quando disser sim, iremos juntos até a ilha e resolveremos tudo.
     – Eu já te perguntei sobre isso a anos, e você sempre se escondeu. Agora, tenta me ameaçar.
     – Venha até mim no porto, estou esperando você na minha lancha. Não se preocupe, sou um homem de respeito e não serei traíra até chegarmos ao nosso destino.
     – Sua capacidade de mentir é impressionante. Ling provavelmente deve está sentado em seu colo ouvindo tudo o que está sendo dito enquanto você o tortura com suas ilusões de uma família "perfeita". Irei até você, não se preocupe. Boa tarde.
     Taehyung desliga e Namjoon se aproxima dele, seu olhar estava vazio e parecia com ódio. Reportou a ele sobre a chegada de seus irmãos, o deixando tranquilo. Jimin junto a seus irmãos, chegam até a torre Namsan e procuram por eles.
     Ao subirem, Taehyung os olha sorrindo, Yoongi e Jimin o abraçam emocionados, rever a família era sempre um sinal de felicidade. Woo Sik entrega uma sacola e eles sentam juntos no chão e comem juntos:
    – Hoseok, sabia que ele seria o alvo perfeito.
    – Mas, não pensei que ele fosse deixar Kang, o matar assim.
    – Ele já me havia dito que, não tinha mais o que correr atrás, apenas queria descansar.
    – Nosso irmão, não vai morrer em vão. Quero ver a cara do Kang, antes de fazé-lo sentir o gosto do próprio sangue.
    – Vocês, não vão fazer nada.
    – Como assim, Tae? Você nos chamou para isso.
    – Não fiz isso. Quero que façam uma última coisa pra mim.
    – E o que seria?
    – Cuidem de Jennie e sejam livres por mim. Apenas isso, não vão mais sujar suas mãos. Eu vou terminar isso sozinho.
    – Mas, pode ser perigoso. Kang é um psicopata.
    – Ele não é. É só um idiota com medo que, se esconde atrás de uma arma e de um sorriso cínico. Namjoon, leve ela com você e não fiquem aqui. E vocês, façam o mesmo.
    – Digo alguma coisa pra ela?
    – Não precisa. Eu já disse tudo. Agora, vão. Preciso ir, também.
    – Taehyung... Espera...
    Ele sai sem olhar para trás, eles o seguem e ao chegarem lá embaixo, Taehyung os olha sorrindo:
     – Deveriam visitar a Oceanía ou o Sul, são ótimos lugares para viajar. Tchau e adeus.
     Ele volta a caminhar e segue em direção a uma rua indo até o ponto de ônibus. Yoongi olha para Namjoon e se aproxima:
     – Qual passo devemos dar agora?
     – Vou lançar a última bomba hoje. Kang será apenas um nome familiar, aquela casa será apenas cinzas para nós. Foi isso o que ele falou para fazer. Vou me encontrar com Jennie, sigam para Gwanju, encontro com vocês depois.
     – Está bem. Vamos.
     Taehyung desce na parada do caís, caminha e percebe que não havia ninguém por perto, andou e andou, até chegar na embarcação em que fora dito. Colocou as mãos nos bolsos e esperou por ele, Kang sai de dentro da cabine, caminhando até o parapeito na parte traseira da lancha e o olha:
     – Estava te esperando ansioso. Vem, pode subir. São algumas horas de viagem até lá.
     Sem dizer nada, subiu e puxou a âncora, Kang liga o motor e acelera indo em direção a Jeju. Caminhando pelo barco, Taehyung para na proa e observa a imensidão, mesmo que isso pudesse ser sua última visão privilegiada, iria aproveitar bem cada momento dela.
     Jennie arrumava sua casa quando ouviu a campainha, abriu a porta e deu de cara com Namjoon e percebeu que ele estava sozinho, ela então o convidou para entrar e fechou a porta. Em poucas palavras, ouviu o que Taehyung havia pedido através dele, sentou no sofá e apenas respirou fundo antes de dá sua resposta.
     A noite, Kang e Taehyung ancoravam no cais de Jeju e desciam em silêncio, as pessoas passavam por eles e as crianças corriam, caminharam até uma parte isolada da ilha, eles estavam consciente de suas escolhas, então, não voltariam para trás.
    Kang desabota sua camisa e a joga no chão, tira o colete e joga a arma junto, pega sua adága e se posiciona, Taehyung tira os sapatos e pega sua faca de caça do bolso, seria uma luta justa e o último a sobreviver, seria mais do que o vencedor, iria ser o libertado.
    A luz do luar só dava ainda mais emoção, ao sentimentos que surgiam naquele lugar, e com toda a força, eles avançam e começam sua vingança tão desejada. O primeiro golpe desferido, fez um dos oponentes sangrar dificultando um pouco sua visão. O barulho de suas lâminas, faziam em seus corpos eram como uma música em sintonia que só o maestro interpretava como som agradável de se ouvir.
    O segundo golpe veio, atingindo a clavícula esquerda e rasgando uma fenda majestosa jorrando sangue pelo peitoral, agora o oponente perdia o movimento do seu braço devido a abertura da ferida e do músculo se contraindo um pouco. Taehyung ofegava e encava Kang, apenas para ter tempo de se recuperar, mas ele não desistiu rápido e correu atrás de finalizar sua agonia, mas seu instinto de sobrevivência falou alto e o fez desviar rápido, podendo assim desferir outro golpe, dessa vez estava acima da terceira costela de baixo para cima, acertando de lado uma parte do pulmão.
     Agora, o oponente tinha dois golpes, um que atrapalhava sua visão e o outro que o impedia de respirar melhor. Mesmo achando que havia acabado, movimentou o braço fazendo o sangue escorrer ainda mais, ele levantou do chão e ignorou a dor que só havia aumentado, segurou sua faca e se posicionou esperando a vez de seu inimigo, que correu e pulou em sua direção, mas, decidiu fazer algo que poderia comprometer sua vida definitivo ou ouviria os gritos angustiantes dele.
     Ao vê-lo vindo em sua direção, agarrou o braço em que estava segurando a adaga, fazendo o sangue jorrar e aproveitou a mão que estava livre, acertou certeiro no peito, seu inimigo o olhava, os olhos de alguém que estava com medo, sentiu o frio da lâmina, atravessando e acertando seu coração em cheio, a dor que sentia, aos poucos, ia se esvaindo e ao olhar no rosto de seu oponente, mais uma vez, sorriu como gostava de fazer e fechou os olhos:
     – Nos encontraremos de novo algum dia, obrigado por todo o seu trabalho, Kang.
     Largou o corpo no chão e riu alto, sentiu o frio dominar seu ser e caiu ao lado dele, compartilhando seus sangues naquele lugar. Aos poucos, seus olhos fecham e o último pensamento que apareceu, foi a imagem de Jennie com sua beleza e pureza que ela tinha.

Quando o perigo bate em sua porta - 🏥 K. Taehyung 🔫Onde histórias criam vida. Descubra agora