Quando o perigo bate em sua porta - 🏥 K. Taehyung 🔫

🍀Seven🍀

    Jennie deixou as sacolas na porta dele e olhou ao redor, mesmo sem perceber, havia se preocupado com ele. Entrou em casa e trancou a porta como havia pedido, tirou os sapatos e sentou-se no sofá, aquele sentimento de antes agora, parecia se transformar em ansiedade, porque ficar assim por tal pessoa.
    Olhou as horas e decidiu preparar algo para comer, enquanto cozinhava, alguém bateu em sua porta, desligou o fogo do fogão e tirou o avental andando até ela, ao abrir, viu quem era e estranhamente ficou feliz por isso. Ele sorriu e a abraçou.
     – Obrigado por ter me acompanhado, e amanhã, eu vou te levar até o hospital.
     – Não precisa, já sei me cuidar. Agora, tenha uma boa noite e não faça bobagens.
     – Está preocupada?
     – Não. Só não quero que traga problemas para o proprietário.
     – Sei. O que você está cozinhando?
     – Fazendo um pouco de sopa. Agora, eu preciso ir. Bom dia.
     Ela fecha a porta e volta para a cozinha, Taehyung sorri e entra em seu quarto novamente. Jennie comia sua sopa e se sentia culpada por ter dado uma portada na cara de seu vizinho, levantou e foi até a panela, pegou uma tigela e encheu um pouco com a comida que havia feito.
     Saiu de casa e foi até a porta ao lado, bateu duas vezes e ele abriu, Jennie sorriu e o entregou a tigela e se virou para voltar ao seu lugar, mas Taehyung a segurou pelo braço e caminhou bem próximo a ela.
Jennie não hesitou seu olhar e prontamente o olhou,seu vizinho sorriu e beijou sua testa como forma de agradecimento, soltou seu braço e seguiu para dentro do seu apartamento.
     – Te devolvo mais tarde, fofinha.
     Ele fechou a porta e ela continuou parada, talvez estivesse tentando entender o que acabou de acontecer ou apenas só ficou surpresa com tal atitude. Taehyung comia a sopa todo feliz, fazia tempo que não se sentia a vontade comendo alguma coisa.
     Jennie entra em casa e tranca a porta, caminha até a mesa pegando o celular, procurando o nome de Tzuyu e liga para ela, no terceiro toque é atendido a chamada.
    – O que aconteceu? É raro você me ligar a essa hora.
    – Aish... Preciso de ajuda.
    – Se for financeiro, ligou para o nome errado.
    – Não, na verdade é sobre sentimentos.
    – Hum, já gostei. Fala, estou curiosa.
    – Digamos que, hipoteticamente, uma pessoa lhe chama para sair devidas vezes e te irrita sempre que está com ela. Isso pode significar algo?
    – Significa que ela está querendo ser seu ou sua amiga.
    – Até se ela beijar sua testa?
    – Olha, é normal trocar carinhos entre amigos. Mas claro, existe diferença entre elas. Digo, tem certos carinhos que podemos dar quando estamos interessados em alguém.
    – Mas, e se for só pra irritar?
    – Bem, se a pessoa faz isso por birra, então, é problema dela. Ou talvez seja a forma dela de demostrar carinho.
    – Irritando?
    – Sim, não dizem que certos sentimentos surgem de raiva ou tristeza, parece que esses são os mais verdadeiros.
    – Tá.
    – Aquele paciente ainda está no seu pé?
    – Não... Ele não tem me perturbado por um bom tempo.
    – Hum... Está bem. Agora, vou voltar a minha seção de cinema com o Jungkook, amanhã a gente conversa melhor.
    – Tá, aproveitem bem a folga.
    Ela desliga e volta a sentar no sofá, observou o jarro que tinha na sala e tentou organizar tudo o que havia acontecido, ter sentimentos era algo bem precioso, mas ao mesmo tempo, dava medo por causar esperanças que não sabe, nem se ao certo vão ser alcançada.
     A tarde, Taehyung havia lavado a tigela e saiu de casa e bateu na porta ao lado, esperou e em alguns minutos, Jennie abre e o olha, ele entrega o objeto e se aproxima dela.
     – Eu gostei da sua sopa. Gostaria de mais um pouco...
     – Já comi tudo.
     – Hum... Então, o que vai fazer para nós jantarmos?
     – Nós?
     – Sim, eu e você. Ou quer que eu faça?
     – Não precisa.
     – Então, vamos sair a noite. Você escolhe o restaurante e eu pago, não adianta me reembolsar.
     – Como você pode ser tão confiante?
     – É o meu jeito de ser. Então, te vejo a noite. Vista algo que realce sua beleza. Boa tarde, Jennie.
     Ele sorri e se vira saindo da frente da casa dela e entra na sua. Jennie fecha a porta e põe o objeto na mesa e caminha até a cozinha, bebe água e sorri meio involuntário, não sabia ao certo se continuar isso seria bom, mas ele passava um sentimento de segurança mesmo que ao seu redor fosse todo arriscado.