🍀Eighteen🍀

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    Ao desferir o primeiro golpe, Ling sorrateiramente, trapaceia e o acerta com um pó em seu rosto, embaçando sua visão por um tempo, dando assim, chance dele vencer Jackson. Mas, logo sentiu a ponta fria da adaga inimiga transpassar seu peito e atingindo o lado esquerdo com força, só que se deu conta que, ele havia errado de propósito.
    Ao cair no chão com dores alarmantes, viu o semblante de Jackson totalmente diferente, ele realmente estava com raiva, mas, permitiu que houvesse outra chance para lutarem novamente. O observou caminhando em direção a sala onde estava e chutou a porta, o sangue estava esvaindo fazendo com que aos poucos sua visão ficasse escura e a última imagem que viu, foi dele saindo com a garota e passando por ele.
    Taehyung a vê e corre em sua direção, Jennie estava assustada com tudo aquilo, mas não mostrou isso para ele, ao abraça-lo, sentiu toda aquela tensão sair de seu corpo, ele a levou para fora dali e entrou no carro, Hoseok e seus homens haviam chegado para ajudar a limpar a bagunça.
     Namjoon entra no carro depois de falar com Jackson, e olha para os dois no banco de trás:
    – Onde vão ficar essa noite?
    – Leve a gente para o hotel no final da cidade, ficaremos lá por hoje. Você, vai voltar ao meu apartamento e organizar tudo.
    – Eu não trouxe nada...
    – Se preocupe não, vai ser só por hoje. Amanhã, voltamos para casa.
    Namjoon sorri e acelera o carro, indo até o hotel que ele havia mencionado. Ao descer, eles caminharam até a recepção, Taehyung pede um dos quartos e sobe com Jennie, ele a olha e percebe que ela estava tremendo um pouco e distante, se aproximou e a abraçou:
    – Jennie... Eu estou aqui, não fique assim.
    – Obrigada, Taehyung. Eu pensei que...
    – Não pense. Você sabe que, eu ia atrás de você.
    – Eu sei... mas, me deu medo. Aquele armário escuro, eu amordaçada.
    – Meu bem, não queria que tivesse acontecido nada com você.
    Ela o abraça de volta e o aperta, ao pararem no andar desejado, eles descem juntos, Taehyung tira a chave do bolso e abre a porta, os dois entram no cômodo, Jennie caminha até o banheiro, enquanto ele trancava a porta, indo até a varanda, inspira e sente a brisa que batia na janela.
    Após o banho, Jennie sai do banheiro com a toalha envolta de seu corpo, percebe que, ele estava na varanda e caminha até próximo de lá. Taehyung bagunça o cabelo e se vira, deparando-se com ela ali parada. Sorri e caminha lentamente até sua presença, acaricia seu rosto e a olha:
    – A água estava boa?
    – Perfeita.
    – Então, vou tomar banho e você pode descansar um pouco.
    – Taehyung...
    Ele a olha quando ouve seu nome baixinho, Jennie então, fixa seu olhar com o dele e tira sua toalha lentamente, ao vê toda a cena, Taehyung segura sua cintura sem se desviar de seus olhos, a luz da lua reluzia em sua pele nua, trazendo mais sensualidade aquele momento.
    Sem que percebesse, já havia se aproximado dele e o envolvia com seus braços, Taehyung segurou seu rosto com uma das mãos, e a beija com toda sua vontade, que teria sido provocado, desde o momento em que a viu no hospital, não importa como aconteceu, mas, ele sempre a enxergava como na primeira vez em que se conheciam.
    Jennie se deixou levar pelo beijo e acariciava sua nuca, ele se mexia um pouco afoito e tentava tirar a sua camisa o mais normal possível, sentindo suas respirações ofegantes e pesadas, decidiu dá uma pausa breve seguindo para um beijo mais suave, ao consegui se despir, não demorou muito até encontrarem a cama e se entregassem de todos jeitos, até não terem mais energia corpórea para suprir seus desejos mútuos.
    Nus e desempedidos ficaram, ninguém poderia interferir, dar ordens ou criticar por qualquer coisa, estavam apenas ali, entregues um para o outro. Mesmo que, significasse um adeus ou um até logo, ambos sabiam que perder tempo, não era a opção a ser escolhida. No amanhecer, Taehyung se levanta com cuidado, para não acorda-la, procura uma folha e escreve um pequeno bilhete, o deixando na cômoda do lado da cama, pede o café e caminha até o banheiro iniciando seu banho.
    Ao terminar, percebeu que ela ainda dormia, estava mais tranquila e com certeza, iria ficar bem. Ele vestiu sua roupa e arrumou o cabelo, se olhou no espelho e sorriu, andou até a cama e se aproximou dela sem barulho:
    – Apenas, me espere. Voltarei para você como havia prometido. Eu te amo.
    Jennie acorda como se estivesse despertado de um sonho bom, olha ao redor e não o vê, sai debaixo das cobertas e procura sua roupa para se vestir, notando o bilhete em cima da cômoda, caminha até lá e pega o papel lendo rápido, com os olhos marejados e segurando seu choro, ela volta a se arrumar até ouvir batidas na porta.
    Abre a porta e o moço serve o café, lhe informando que o hóspede já havia pago tudo. Quando ele sai, Jennie se senta na cadeira, observando toda aquela comida e sorri satisfeita. Taehyung estava dentro do táxi e pensava em tudo que havia combinado com Namjoon. Desceu na torre de Namsan e o esperou chegar, Kang estava perto de ser eliminado e isso seria o fim de toda sua vingança, trazendo em fim a sua liberdade e de todo aquele passado que o perseguia todos os dias.
    Namjoon chega depois de dez minutos e sobe até o topo, onde ele já o esperava, ao localizarem o lugar, Taehyung dá a ordem e a próxima jogada é feita, sabia que mais cedo ou mais tarde, Kang não ficaria mais escondido e viria atrás dele pessoalmente, como o demônio vem atrás da alma com quem lhe fizera um pacto de sangue.
     Hoseok estava em seu bar, arrumava todas as cadeiras e limpava as mesas, mesmo que o ambiente não fosse lotado, ele fazia isso como se fosse um mantra a ser seguido. Duas silhuetas aparecem na porta, trazendo sua atenção para elas, enquanto polia um dos copos do balcão, ao caminhar mais para dentro, se aproximou e declinou sobre aquele móvel o olhando friamente, mas ele apenas ignorou esse modo e continuou com sua limpeza:
    – Então é assim que você, trata seu chefe? Com desdém?
    – Apenas estou limpando esse copo, não posso desviar meu olhar para qualquer coisa, enquanto trabalho.
    – Agora, eu sou qualquer coisa, entendi. Ling, fecha a porta.
    – Sim, senhor.
    Ele caminha até a porta da frente e as fecha, Hoseok continuava a limpar, Kang acende um charuto e pega seu cinzeiro, ao tragar o fumo, solta a fumaça no rosto dele, voltando a sorrir novamente.
    – Parece que alguém andou ajudando Taehyung a me sabotar. Não pensei que ele fosse audacioso assim. Mas pelo visto, estava enganado. Você, sabia de alguma coisa?
    – Não falo com ele, desde que saiu da família.
    – Tem certeza? Então, acho que o interpretei mal...
    Kang tira sua pistola e a engatilha sem o mínimo de passividade, encarando Hoseok, tira o charuto da boca e o coloca no cinzeiro, se aproxima mais do balcão e posiciona o cano na cabeça dele, mesmo que ele não reagisse a nada, era como se estivesse preparado para aquilo.
    Hoseok dá um sorriso de canto e põe o copo no balcão e levanta seu olhar para com os dele. Kang estava com raiva, ansioso e acima de tudo, sentia seu ego sendo ferido, mesmo que já soubesse de tudo, perguntar estava sendo a forma mais fácil de não disparar de uma vez:
     – Está com medo, não é?
     – De quem?
     – Você sabia que ele iria agir. Sempre pensou que, se pudesse mata-lo iria resolver tudo, mas não contou que nada nessa vida se paga em outra.
    – Frases filosóficas em um momento desses? Você deve está confiante, Hoseok.
    – Temi você quando te conheci, depois que soube como você era de verdade, nada me abala. Mas você deve está com medo. Muito medo.
    – Por que acha isso?
    – Um homem sem medo viria até mim apenas com seus punhos e me enfrentaria de verdade. Você teve que vim acompanhado de seu escudeiro e de seus homens lá fora. Agora me diz, quem está com medo?
    – Você fala igual a ele. Isso me irrita. Está chateado por que eu matei seu namorado? Aquele merda.
    – Por que não me mata logo. Seu teatro intimidador não funciona comigo. Se veio para isso, apenas faça rápido.
    – Pelo visto ainda não superou esse sentimento...
    Kang ri e Hoseok apenas o olha com um sorriso no rosto, talvez a morte lhe coubesse bem, já que não tinha mais objetivos para lutar, conquistou o que queria e perdeu quem amava, por que então insistir em viver bem, mesmo estando quebrado por dentro. Ao perceber a raiva em seus olhos, Ling se aproximou, mas sua tentativa de afasta-lo só o deixou ainda mais motivado.
    Ajeitou o cano da arma na cabeça dele e sorriu, atirando nele com um ar de felicidade no rosto, o corpo caindo no chão e a cara de Ling foram perfeito para o dia de Kang, odiava pessoas que ultrapassavam sua linha e as eliminava quando sentia vontade, quem era esperto, saia de perto ou até mesmo fugia. Ele olhou para Hoseok morto e pegou o whisky no balcão, levantou da cadeira e andou até lá.
    Abriu a garrafa e despejou o líquido por todo o corpo, tirou o isqueiro do bolso e acendeu, se agachou e sorriu:
    – Obrigado pelo seu serviço a família, espero que possamos nos encontrar novamente, quem sabe lá em baixo? Tenha um bom dia.
     Jogou o isqueiro sobre ele e saiu sentindo o calor das chamas atrás de si, caminhou até Ling e o olhou ainda com o mesmo sorriso de antes:
     – Limpe a bagunça e depois entre no carro.
     – S– sim... Senhor
     Com medo, obedeceu às ordens e Kang saia do estabelecimento sorrindo, sabia que Taehyung era um inimigo a altura e não deixaria essa vingança acabar sem ao menos dá o seu show particular.

Quando o perigo bate em sua porta - 🏥 K. Taehyung 🔫Onde histórias criam vida. Descubra agora