13. Puto bêbado

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– Briana Ramos

O tempo chuvoso em Los Angeles arruinou nossos planos de ir acampar na beira do mar, um pouco decepcionante de certo modo.

— Podemos conversar? Tem um restaurante aqui perto — encaro o Alex parado na minha direção com um semblante cabisbaixo.

— Eu tenho coisas para fazer em casa e já está tarde, acho que você é a última pessoa no mundo com quem desejo falar agora — suspiro fundo, sigo meu caminho novamente.

Sinto ele segurar meu pulso calmamente.

— Por favor, eu te deixo em casa — insistiu, o encaro mais alguns segundos concordando depois isso.

Às vezes eu consigo ser bem idiota, mas quero ouvir o que ele tem a dizer.

O Alex abre a porta o carro quando saímos da universidade, então paramos em um restaurante próximo.

Nos sentamos na mesa do restaurante, decido não comer nada quero acabar com isso logo.

— Você não vai mesmo comer? — perguntou, olhando para mim.

— Termine logo com isso, o que você quer Alex? — sinto um nervosismo começar surgir no meu corpo.

Observo o Alex tirar uma aliança do bolso, lembro-me que namoramos por um ano e alguns meses, porém ele nunca me deu uma aliança.

— Por favor, volte — diz calmo, sorrio olhando a aliança brilhante sobre a mesma.

— Você pode me dizer de onde tirou essa coragem? — me levanto, pegando a bolsa.

— Eu sinto sua falta, está doendo em mim eu fui um babaca e...

Apenas me viro para ele novamente, ainda de pé arrumo meu cabelo atrás da orelha, por mais que eu tente negar... isso é difícil.

— Agora — olho para baixo apertando meus dedos. — De repente, você me pede para voltar? — sorrio sem mostrar os dentes migrando meu olhar ao dele. — Não me importo se está doendo... sendo que você me quebrou primeiro.

Com postura deixo o local, algumas lágrimas se formam no meu rosto.

— Não acredito que ele se atreveu a me pedi isso depois de tudo. — sussurro.

Ele foi meu primeiro amor, e eu gosto de lembrar dele dessa maneira, apesar de não ter sido recíproco...

Está bastante frio eu esqueci meu casaco no restaurante, porém não me atrevo a voltar lá para pegá-lo.

Você gostava de mim? — me assusto quando escuto a voz do Alex atrás de mim.

Viro-me para ele ainda assustada.

— Isso foi um erro? — segurou meus ombros, recuo um pouco os passos me sentido desconfortável devido ao seu tom de voz elevado.

— Sim! Eu gostava de você, não, eu te amava! Mas isso foi um erro por isso que acabou — o empurro.

— Dormiu com ele? — pergunta.

O Cara Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora