– Briana Ramos
A dor de cabeça que estou sentindo agora é consequência por quase não dormir pela noite.
— Achei que quando fizesse 20 anos estaria com minha vida feita, mas tá tudo um caos — me olho no espelho, precisava me arrumar para entrevista de emprego.
Uma das galerias mais famosas de Los Angeles está atrás de pintores amadores, é uma oportunidade perfeita.
Visto um conjunto de roupa social para parecer mais elegante. Ao sair de casa vejo que tem uma carta na caixinha do correio, sorrio animada a pegando. Só tem uma pessoa que costuma me mandar cartas; minha vó. Abro o envelope, e meus olhos se enchem de lágrimas ao ver o que está escrito.
"Um dia comum passa, outro dia comum surge, mas a vida ainda vale ser vivida. Por favor, não deixe que o passado cheio de arrependimento e o futuro cheio de ansiedade estraguem o presente. Por favor, ame o hoje radiantemente. Você tem esse direito.
– Feliz aniversário.
— Estou tão sensível — limpei as lágrimas finas que escorrem no meu rosto. — Eu consigo! Força! — sorrio arrumando a bolsa no ombro.
[...]
Eu estava tremendo por dentro quando ouço meu nome ser chamado por um dos três entrevistadores, cujos são artistas famosos e respeitados em Los Angeles.
— Por que deveríamos contratá-la, Briana Ramos? — a Sr. Grace Jones perguntou, conhecida como dona das obras de arte mais vendidas em Los Angeles.
— Sou realmente apaixonada...
— Nossa, outra pessoa falando sobre paixão — suspira fundo sem paciência. — Sinceramente, o que uma pessoa quer fazer e o que consegue fazer são coisas bem diferentes — indagou com uma expressão cínica no rosto. — Cada pessoa tem seu limite.
Por mais que ela esteja certa, não permitirei que alguém me desmereça sem antes mesmo me conhecer.
— Passaram menos de 10 minutos desde que nos conhecemos. Como saberia meu limite? — digo, encarando-a.
— Vou dar-lhe um conselho como sua veterana na vida — sorriu falso.
— Não dê! — afirmo, ela desfaz o sorriso falso nos lábios. — Eu decidirei meus limites e capacidades sozinha, obrigada! — dito isso me levanto saindo, estava consciente que após dizer isso não seria escolhida.
Mantenho minha postura, observo os tantos quadros sendo exibidos. Encaro um em específico, é lindo.
Saio da minha distração e paz com uma chamada no celular, o número era desconhecido.
— Alô quem é? — atendo, reviro os olhos ao ouvir a voz do Alex do outro lado da linha.
— Você apagou meu número? Que menina má! Te mandei a localização me encontre em 10 minutos, é melhor você aparecer — encerrou a chamada antes mesmo de eu dizer algo.
— Droga isso tá me matando! — saio da galeria de artes em busca de um táxi. — Táxi! — aceno, o motorista parou e eu entrei no carro, em alguns minutos já estava na casa do Alex.
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O Cara Da Casa Ao Lado
RomanceMoradora de uma pequena cidade, Briana Ramos, uma ruiva de dezenove anos, ganha uma bolsa para estudar em uma das melhores universidades da Califórnia. Essa oportunidade transforma sua vida rotineira, especialmente ao conhecer Scott Chavier, um rapa...