26. Eu protegerei você

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– Briana Ramos

A dor de cabeça que estou sentindo agora é consequência por quase não dormir pela noite.

— Achei que quando fizesse 20 anos estaria com minha vida feita, mas tá tudo um caos — me olho no espelho, precisava me arrumar para entrevista de emprego.

Uma das galerias mais famosas de Los Angeles está atrás de pintores amadores, é uma oportunidade perfeita.

Visto um conjunto de roupa social para parecer mais elegante. Ao sair de casa vejo que tem uma carta na caixinha do correio, sorrio animada a pegando. Só tem uma pessoa que costuma me mandar cartas; minha vó. Abro o envelope, e meus olhos se enchem de lágrimas ao ver o que está escrito.

"Um dia comum passa, outro dia comum surge, mas a vida ainda vale ser vivida. Por favor, não deixe que o passado cheio de arrependimento e o futuro cheio de ansiedade estraguem o presente. Por favor, ame o hoje radiantemente. Você tem esse direito.

– Feliz aniversário.

— Estou tão sensível — limpei as lágrimas finas que escorrem no meu rosto. — Eu consigo! Força! — sorrio arrumando a bolsa no ombro.

[...]

Eu estava tremendo por dentro quando ouço meu nome ser chamado por um dos três entrevistadores, cujos são artistas famosos e respeitados em Los Angeles.

— Por que deveríamos contratá-la, Briana Ramos? — a Sr. Grace Jones perguntou, conhecida como dona das obras de arte mais vendidas em Los Angeles.

— Sou realmente apaixonada...

— Nossa, outra pessoa falando sobre paixão — suspira fundo sem paciência. — Sinceramente, o que uma pessoa quer fazer e o que consegue fazer são coisas bem diferentes — indagou com uma expressão cínica no rosto. — Cada pessoa tem seu limite.

Por mais que ela esteja certa, não permitirei que alguém me desmereça sem antes mesmo me conhecer.

— Passaram menos de 10 minutos desde que nos conhecemos. Como saberia meu limite? — digo, encarando-a.

— Vou dar-lhe um conselho como sua veterana na vida — sorriu falso.

— Não dê! — afirmo, ela desfaz o sorriso falso nos lábios. — Eu decidirei meus limites e capacidades sozinha, obrigada! — dito isso me levanto saindo, estava consciente que após dizer isso não seria escolhida.

Mantenho minha postura, observo os tantos quadros sendo exibidos. Encaro um em específico, é lindo.

Saio da minha distração e paz com uma chamada no celular, o número era desconhecido.

— Alô quem é? — atendo, reviro os olhos ao ouvir a voz do Alex do outro lado da linha.

— Você apagou meu número? Que menina má! Te mandei a localização me encontre em 10 minutos, é melhor você aparecer — encerrou a chamada antes mesmo de eu dizer algo.

— Droga isso tá me matando! — saio da galeria de artes em busca de um táxi. — Táxi! — aceno, o motorista parou e eu entrei no carro, em alguns minutos já estava na casa do Alex.

O Cara Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora