34; Cerbera odollam

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– Scott Chavier

Podem me julgar por todas as minhas ações exteriores, por todos os sentimentos alheios que desprezei e por tudo aquilo que abandonei sem olhar para trás. Eu só fiz o que era necessário para permanecer vivo nunca nenhum de vocês saberão o quanto sofri por dentro.

Não sei exatamente o que está acontecendo, tudo indica que alguém está armando pra mim.

— Seu desgraçado! Não estava no plano você beijar ela! — gritei. — Juro que se eu te pegar...

Não estava nos planos você quebrar meu nariz! — Peter gritou do outro lado da linha. avisei os outros, ela não vai te procurar. Pelo menos não depois do que você disse.

— Apenas cuide dela, irei descobrir quem está por trás disso — suspiro. — Se você dar em cima dela...

entendi porra! Vou desligar.

Encerro a chamada jogando meu celular para o mais longe possível, bagunço meus cabelos sentindo a raiva me consumir. Não posso deixar me levar pelo ódio, pelo menos não agora.

Observo a praia escura em minha frente escondendo um grande mar com a escuridão da noite. Corri até o mar chutando a água salgada e fria.

— Por quê? — chutei mais uma vez. — Por quê? — grito começo a socar a água. Assim fiquei por minutos, então todas minhas forças foram embora. Cair de joelhos.

Prendi o maxilar me levantando ouvindo os sons da polícia já atrás de mim, coloco minhas mãos para trás em sinal de rendimento enquanto os policias apontam suas armas vindo até onde me encontro.

Após me revistarem entrei na viatura.

— Pra onde estão me levando? — pergunto.

— Los Angeles, o senhor precisa ser interrogado pelo assassinato de Michael Chavier, seu avô — afirmou.

— Não fiz isso, mas quem fez irá pagar. O caminho de Los Angeles não é esse, pra onde estão me levando porra? — comecei a lutar para tirar a algemas dos punhos, um dos policiais me segura por trás forçando meu pescoço enquanto outro tira um pano do colete.

Era um pano com sedativo, esse cheiro eu conheço bem. Em alguns segundos dele sendo pressionado contra meu rosto acabei desmaiando.

[...]

Acordei em uma espécie de quarto, tinha duas camas a que estou e outra do meu lado. Um homem estranho estava deitado nela comendo algo nojento.

Tentei me mexer, porém estava amarrado até os pés. Por hades! Observo o local analisando tudo e pensando em como sair daqui.

— Hey você! Me ajuda a sair daqui por um milhão de dólares? — o mesmo me encara e volta a comer normalmente. — Um milhão de dólares é muito dinheiro, sacou? — ele continuou em silêncio. — Anda logo, antes que esses bastardos voltem! — digo alto tentando me mover, não tendo sucesso.

Esse lugar parece mais um tipo de hospital ou manicômio abandonado. A porta é aberta, fico em alerta. Eram os dois policiais que estavam na viatura, eles falam com o homem que come por libras.

O Cara Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora