O Cara Da Casa Ao Lado

23; provocations.

– Briana Ramos

Scott me aconchegou em seu abraço, uma de suas mãos acariciam meus cabelos, eu apenas fechei meus olhos.

Eu estava com saudades dele, do cheiro dele, do toque dele.

— Você está queimando de febre, eu sei que está brava comigo. Mesmo que me peça para ir, eu não irei — afastou nosso abraço, colocando a mão na minha testa. — Trouxe alguns remédios — mostrou a sacola.

— Você vai acabar pegando resfriado de mim — digo, torcindo em seguida.

— Eu não me importo! — mantém seus olhos castanhos e brilhantes fixados nos meus.

Por uns segundos pensei que estivesse sonhando. Levo um susto quando ele me pega no colo levando-me até o quarto. Com cuidado me deitou.

— Você é louca? Vai ficar muito quente desse jeito — tirou uma das cobertas, isso me fez sentir frio. — Espere eu já volto — avisou, eu apenas assenti.

Se isso for um sonho, está na hora de acordar.

Alguns minutos depois escuto o barulho da porta sendo aberta, Scott apareceu segurando um copo com água e comprimidos.

— Tome isso, ajudará você melhorar — abrir a boca tomando os remédios. — Você deve ter ficado desse jeito por causa daquele filho de hades um dia eu ainda vou acabar matando aquele patife — bufou, saindo do quarto novamente.

— O que é isso? — pergunto surpresa, ele volta com algo na mão.

— Sopa, você não comeu nada — disse se sentado ao meu lado. O cheiro estava ótimo, não sentir apetite durante o dia todo.

— Eu posso comer sozinha...

— Me deixe fazer isso, me deixe cuidar de você nem que seja por alguns minutos — nossos olhares se cruzam, ficamos assim... apenas nos olhando como se isso fosse a única coisa que possamos fazer.

Ele leva a colher com sopa até sua boca, sopra e depois me faz comer. Isso é estranho, ninguém nunca cuidou de mim quando fico doente.

— Não sabia que cozinhava bem — sorrir, ele fez uma expressão convencida.

— Tem muitas coisas sobre mim, que você não sabe — confessou.

— Então porque você não me mostra? — mordo os lábios, abaixo minha cabeça sentindo um arrependimento.

Que droga de pergunta foi essa?!

— Porque não quero tirar esse sorriso do seu rosto — abaixou a cabeça. — Coma — me serviu mais algumas colheres de sopa.

Depois de comer, tomei outro banho na tentativa de abaixar a febre, os remédios me ajudaram a ficar melhor.

— Como você está? — Scott entrou no quarto, eu tinha acabado de me deitar.

— Melhor, tirando que você me obrigou a tomar banho na água fria. Agora estou com frio — digo.

— Vou fazer você ficar quente — tirou a camiseta que estava deitando-se ao meu lado. Senti meu coração disparado.