27. Lua minguante

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Briana Ramos

Mordo os lábios nervosa, ele está perto demais. Meu coração fica mais acelerado ao nossos olhares se cruzarem.

— Está vermelha? — sorriu convencido. — Vamos apenas tomar banho. No que você está pensando? — pergunta arqueando as sobrancelhas.

— N-nada! No que eu estaria pensando? — rir nervoso. — Tomar banho, vamos tomar banho — balanço a cabeça concordando.

Scott entrou primeiro, exibindo as costas e ombros largos. Respiro fundo ao ouvir o barulho do chuveiro, tirado a toalha e indo até ele.

O mais alto molha os cabelos grandes e negros, jogando-os para trás se virando para mim. Então ele segurou meu pulso fazendo com que eu ficasse mais próxima.

Assim um banho normal foi iniciado, eu não podia evitar olhar para os lábios carnudos avermelhados, o olhar frio e intenso, a água quente descendo sobre a pele alva. Em um gesto atrevido eu o toquei, toquei a pele macia fazendo caricias enquanto disputamos espaço no chuveiro.

Percebi que as tatuagens sombrias que ele tem, escondem cicatrizes enormes. Comecei a tocá-las, Scott no mesmo segundo se afasta.

— Acho melhor você se afastar, ou eu posso acabar cometendo um erro — sussurrou rouco fazendo com que eu o olhe nos olhos novamente.

Que tipo de erro?

Os lábios cor de morango maduro beijaram de leve meu pescoço e arrepiou meu corpo inteiro como se sua boca fosse uma descarga elétrica.

— É você quem está perto demais — afastei-me desviando o olhar envergonhada. De repente pensamentos ruins sobre tudo que aconteceu mais cedo voltam à minha mente.

Por alguns minutos eu tinha me esquecido, surge um frio na barriga ao me lembrar de tudo, só que um frio na barriga ruim.

— O sabonete caiu, você poderia por favor pegar — Scott me olha com um sorriso enorme no rosto.

— Hey, seu tapado! Foi de propósito, então pegue você — fiz uma careta debochada.

— Nem pensar!

Assim continuamos discutindo até terminar o banho. Estou distraída e preocupada enquanto arrumo a cama bagunçada.

— Quer chá? — ele apareceu somente com uma calça moletom e uma xícara na mão.

— Obrigada! — pego a xícara da mão dele, eu estava realmente tensa e precisando me acalmar. — Você trancou a porta? — digo me sentando na cama.

— Tá com medo? O cara mais gostoso e temido de Los Angeles está no seu quarto e você está com medo? — interrogou.

— É que eu tenho medo de perder você... — afirmo baixo, mesmo estando perto sabia que ele não ouviria.

— O quê?

— Nada não, apenas vamos dormir — coloco a xícara na cômoda ao lado da minha cama e me deito de cara para parede. Por fora eu parecia estar bem, mas por dentro sinto que estou destruída.

— Está bem — afirma.

Scott apaga a luz, e se senta ao meu lado na cama. — Hey, vêm cá — me chamou ligando o abajur.

O Cara Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora