𝐎𝐈𝐓𝐀𝐕𝐎

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Me joguei na cama por volta de 21h30min e fiquei olhando pro celular todo acabado do meu lado no colchão

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Me joguei na cama por volta de 21h30min e fiquei olhando pro celular todo acabado do meu lado no colchão.

Eu já sabia a senha e ela já sabia que eu ia abrir então o que estava me impedindo?

Isso era o papo estranho do David Luiz dizendo que eu podia acabar no xilindró por causa disso. E ainda tinha aquela teoria maluca dele de que ela podia muito bem fazer parte do Anonymous. E se por acaso tivesse uma câmera instalada no meio dessa tela toda quebrada?

Esse xiaomi podia ser uma arma. Não podia ser atoa ter sido fabricado na China, todo mundo sabe que os chineses são perturbados.

—Cacete — Xinguei, passando a mão no rosto.

Cadê a porra do meu sangue frio?

A mina hackeou meu celular, respondeu conversas dos meus contatinhos como se fosse eu, provavelmente deu fora em todo mundo, ME VIU PELADO e ainda teve a audácia de vir me falar aquele negócio sobre a lateral direita e estar sempre apontando pra lá —— coisa que eu, particularmente, achei um absurdo.

E daí que era um pouquinho torto? Todo mundo sabe que isso não prejudica em nada.

Revirei os olhos, peguei o celular do colchão e comecei a saga pra conseguir apertar o botão de ligar.

Eu tinha que lembrar de entrar nas configurações e conseguir colocar aquele comando de dar dois toques na tela de novo, porque tenho quase certeza que o celular era tão ruim que acabava esquecendo os comandos depois de um tempo, não importava quantas vezes eu metesse a dedada na tela, ele não ligava nem com reza braba.

Consegui ligar o celular, entrei nas configurações, ativei o comando de dois toques na tela e aumentei o tempo de inatividade da tela pra 30 minutos, mesmo sabendo que antes disso a bateria já teria ido pro espaço.

Essa garota devia andar com o carregador no pescoço como se fosse um colar, a bateria não durava nem três horas. Sem gracinha.

Pela barra de notificação, vi que já tinham alguns mensagens dela, mas ignorei, partindo direto pra bandita pasta.

—Fala sério! Gabigol tá pedindo — Murmurei enquanto digitava — Olha que porra, saiu tudo com letra maiúscula — Tentei acertar qual era o botãozinho da borracha, porque o visor estava quebrado bem em cima, depois foi hora de tentar desligar o capslock — Que... Caralho! Essa porra me detes...

Estava quase conseguindo quando a porta do meu quarto foi aberta. Com o susto, o celular escapuliu na minha mão e saiu voando até bater na minha canela.

—Aí! Bomba do cacete — Me estiquei pra pegar.

Se eu passasse um dia sem jogar porque esss bomba me acertou na canela... Rapaz...

—Enlouqueceu de vez e agora tá falando sozinho, garoto? — Minha mãe perguntou enfiando a cara na brecha que abriu da porta.

—Agora a senhora não bate mais antes de entrar? — Perguntei tentando manter a calma — E se eu tivesse pelado?!

𝐓𝐑𝐎𝐂𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐄𝐋𝐔𝐋𝐀𝐑𝐄𝐒 • 𝐌𝐀𝐓𝐇𝐄𝐔𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora