𝐕𝐈𝐆𝐄𝐒𝐈𝐌𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎

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Minha boca tá com gosto de sangue de tanto que mordi a parte interna da bochecha

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Minha boca tá com gosto de sangue de tanto que mordi a parte interna da bochecha.

Estamos os dois trancados no banheiro, minha boca está roçando o pescoço dela e eu não sei exatamente o que fazer.

Acho que ainda estamos chateados, putos e tristes demais pra que eu possa começar alguma coisa e não quero que a situação fique mais feia do que já está.

Depois da gracinha que faço, ela fica quieta. Quieta demais. Meu coração tá acelerado e só piora quando escuto ela gemer baixinho.

Quer dizer, se fosse um gemido bom tudo bem eu gosto, principalmente se vier dela, mas isso aqui era tudo, menos bom.

—Para, Matheus — Ela tenta me dar um empurrãozinho pra me fazer parar com as carícias. Eu paro, mas não me afasto e isso faz com que ela esconda o rosto na dobra do meu pescoço.

Cacete, a Lana tá chorando.

Eu entro em desespero porque realmente não sei o que fazer quando tem gente chorando perto de mim. Eu mesmo nem me lembro quando foi a última vez que chorei e ela tinha dito que odiava chorar dois minutos atrás.

O que eu tenho que falar?

Sou um merda com relacionamentos. Só namorei uma pessoa até hoje, mas era um relacionamento mais a distancia do que tudo e embora a Larissa fosse surtada, nunca vi ela chorar.

—Ei, porque você tá chorando? — Perguntei enfiando meus dedos em seu cabelo, tentando fazer com que ela olhasse pra mim, mas ao invés disso ela apertou o corpo contra o meu.

—Eu quero ir embora — Falou. A voz saindo toda embargada acertou uma parte muito estranha de mim.

—Calma.

Acho que só ficar ali era o suficiente... Né? Porque foi o que eu fiz. Não acho que nada que eu diga vá melhorar a situação, na verdade parece que qualquer coisa que eu fale vai dar margem pra outra discussão e não quero mais brigar. De verdade.

—Por favor, Matheus. Vamos embora — Ela se afasta depois de um tempo, fungando e escondendo o rosto.

—O casamento ainda nem rolou, Alana — Falei baixinho, como se fosse um aviso alguém bateu na porta do banheiro.

—Pô cara, o casamento vai começar — É o Andreas.

—Já vamos sair — Falo pra ele.

—Tudo bem aí dentro? Estão vivos? — Ele quer saber.

—Nossa Andreas, que pergunta mais idiota — A Milena diz e jnao preciso ver pra saber que ela está revirando os olhos. Solto uma risada.

—Vai saber se a Alana não tá precisando de alguém pra buscar a roupa pra ela — Andreas tira onda e dá pra escutar daqui de dentro do tapão que leva. Da última vez foi exatamente isso que aconteceu. Ela veio tomar banho e esqueceu de pegar a roupa, já dá pra saber quem foi buscar a roupa pra ela, né?  — Ai! Calma aí, Vita. Sem agressão. Qualquer coisa chamem! — Ele grita e as vozes vão sumindo. Eu me viro pra Alana.

𝐓𝐑𝐎𝐂𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐄𝐋𝐔𝐋𝐀𝐑𝐄𝐒 • 𝐌𝐀𝐓𝐇𝐄𝐔𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora