𝐕𝐈𝐆𝐄𝐒𝐈𝐌𝐎 𝐒𝐄𝐓𝐈𝐌𝐎

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Dividir a cama com a Alana é complicado

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Dividir a cama com a Alana é complicado. Ela é espaçosa e dorme toda esparramada, além de que fica virando de um lado pro outro a noite toda e metendo a mão na minha cara durante esse processo. Toda noite isso.

Acabei de levar um tapão na bochecha esquerda que ficou ardendo e a bonita segue lá, do outro lado do colchão, dormindo como se não tivesse acabado de me estapear.

—Será que tem como você parar quieta na cama? — Perguntei puxando o corpo dela pra perto do meu pela cintura.

—Hummm — Ela resmungou, apertando os olhos com força — Porque você tá me acordando?

—Eu poderia te fazer a mesma pergunta — Soltei uma risada.

—Que foi? Eu te bati de novo? — Ela abre um dos olhos com dificuldade.

Tá começando a clarear do lado de fora, ela não fechou a cortina direito de noite e uma flecha de luz escapa pela brecha.

—Me desceu um tapão daqueles — Comentei tirando um dos cachos da frente do seu rosto. Ela aperta os olhos com força.

—Desculpa, vou tentar ficar quietinha agora — Disse enquanto aconchegava o corpo no meu.

Esse tipo de coisa tem se tornado rotina entre a gente. Faz uns três dias que ela fica na minha casa, trabalha pelo meu macbook, estuda na minha sala e joga vídeo game com meu irmão.

Às vezes chego tarde do treino e ela e o Igor estão jogando xadrez no carpete da sala, como se fossem amigos a anos. Ou então eu chego e ela tá deitadinha na minha cama, do mesmo jeito que gosta de ficar na dela. Eu gosto, mas não sei exatamente lidar com isso.

—No que você tá pensando? — Ela pergunta baixinho — Se me disser que tá pensando no Andreas de novo eu juro que vou embora — Resmunga, eu solto uma risada.

—Estava pensando que você deveria deixar umas roupas aí — Comento — Tá assaltando meu guarda roupa todo dia.

—E é exatamente por isso que eu não vou trazer minhas roupas pra cá — Ela se remexe — Eu adoro as suas.

—Daí daqui uns dias eu não tenho mais nem cueca pra vestir — Eu brinco, mexendo na barra da cueca que ela está usando.

—Aí eu já me preocupo. Só quem pode ter acesso ao Tortinho sou eu — Disse na maior naturalidade do mundo, levantando a cabeça pra me encarar.

Eu penso mesmo em reclamar, mas no final isso já virou uma coisa nossa. Sem contar que não vale a pena perder tempo com essas discussõezinhas bestes quando eu posso...

Me aproveitar do momento. 

Minhas mãos descem por seu corpo e ela entende o recado, se movendo do colchão pra cima do meu corpo. O cabelo cacheado cai em frente ao rosto e por um segundo tenho a sensação de que ganhei a porra da Copa do Mundo. 

𝐓𝐑𝐎𝐂𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐄𝐋𝐔𝐋𝐀𝐑𝐄𝐒 • 𝐌𝐀𝐓𝐇𝐄𝐔𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora