𝐕𝐈𝐆𝐄𝐒𝐈𝐌𝐎 𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐎

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Deixando a mesma meta do outro capítulo porque realmente funcionou e me deixou inspirada, então quando bater os 400 comentários eu volto ❤️

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Eu percebo de cara o quão puto ele está com tudo isso.

Ele tem tiques nervosos, primeiro que está claramente mordendo a bochecha por dentro, descontroladamente. Segundo que ele não para de mexer na orelha. Terceiro e mais importante: ele olha pro banheiro todo, menos pra mim.

Eu juro que faz mais ou menos duas horas que eu tô aqui encarando ele e ele tá olhando pra porra da pia do banheiro como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

—Não vai falar comigo? — Eu pergunto cruzando os braços. Ele faz o mesmo.

—Não — Murmurou.

—Isso é porque você tá com raiva, não quer conversar ou porque simplesmente me odeia? — Tente olhar pra ele de novo.

—Não sei.

Que porra. Além de não olhar na minha cara ainda fica monosílabico?!

Eu paro. Pisco. Olho pra ele.

Tenho prestado atenção demais. A noite toda. Esse tempo todo. Eu deveria saber que não ia conseguir ficar levando esse negócio de se pegar às vezes pra frente. Uma hora ou outra eu ia acabar aqui, trancada dentro de um banheiro com o cara, os dois chateados porque claramente isso não deveria ser uma amizade colorida ou um relacionamento aberto.

—Dá pra você olhar pra mim enquanto fala? — Tentei, soltando um suspiro.

—Não, porra. Porque você não me deixa sozinho? — Ele pergunta ainda sem olhar pra mim.

—Tá com raiva porque? Ninguém aqui é criança, se não queria brincar era só ter me falado, Matheus — Soltei outro suspiro.

—Então porque você também não falou? — Ele me encara pela primeira vez e tá mordendo a bochecha por dentro — Eu fiquei esperando você falar, não ia fazer nada se tivesse me dado um sinal.

—Você jura? — Soltei uma risada — Passei um ano olhando pro meu pé dando a entender que isso me deixava desconfortável e você não percebeu? Nossa então realmente você me conhece, Matheus. Parabéns.

—Realmente você parecia muito desconfortável quando tava com a língua na boca do Lázaro — Ele praticamente rosna, passando a mão pela orelha. É tipo um pinscher quando tá com a orelha coçando no meio de um ataque com raiva.

—Claro e você deve ter adorado viver um remember com a Vanessa — Eu Reviro os olhos me recostado na pia — Aquela conversa antes de eu chegar não foi por acaso, né Matheus? Você deve mesmo ter se encontrado com ela esse tempo todo e eu tô aqui só fazendo papel trouxa.

—Óbvio que me encontrei com ela, a gente troca mensagens todo dia porque eu tô com meu celular você não tá vendo? — Ele tira meu xiaomi no bolso balançando ele bem na minha cara — Eu tenho o número da Vanessa aqui porque sei de cor, porra. É claro que sei.

𝐓𝐑𝐎𝐂𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐄𝐋𝐔𝐋𝐀𝐑𝐄𝐒 • 𝐌𝐀𝐓𝐇𝐄𝐔𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora