𝐃𝐄𝐂𝐈𝐌𝐎 𝐒𝐄𝐗𝐓𝐎

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Eu sei que não devia ter dormido

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Eu sei que não devia ter dormido. Pelo menos não enquanto não tivesse notícias daquela maluca, mas capotei.

Eu juro. Fiz de tudo pra manter os olhos abertos, tentei ver um filme, jogar alguma coisa, mexer nas redes sociais dela... Tudo!

Mas capotei.

Quando acordei passava da meia noite e a bomba da Alana estava tocando Bad Blood da Taylor Swift em plenos pulmões. Dei um pulo da cama alcançando o celular na cabeceira.

Tinham umas 24 ligações perdidas. Sem gracinha. Todas dela.

—Pelo amor de Deus, me diz que você não foi presa ou atropelou um doguinho — Foi a primeira coisa que falei.

—Que? Não. Graças a Deus não tinha blitz senão eu tava ferrada — Soltou uma risada — E talvez, só talvez eu tenha raspado o pneu no meio-fio algumas vezes.

—Mas o carro tá inteiro? Perai, em que carro você veio? No celtinha do seu irmão?! — Perguntei, procurando a kenner na beirada da cama pra calçar ainda com um olho aberto e outro fechado.

—Eu não acredito no que eu tô escutando. Eu vim da casa do caralho por você e você tá preocupado com o carro? Tchau — Gritou, soltou um xingamento e desligou. Na minha cara.

Mano, que?

Essa garota era maluca.

Eu disquei meu próprio número e a safada deixou chamar umas duzentas vezes antes de atender. Não tenho nem dúvidas de que fez de propósito.

—Onde você tá? — Pergunto levantando da cama.

—Eu acho que tô na frente do seu prédio. Fui sair pra perguntar pro porteiro se você morava aqui e ele disse que isso é extremamente confidencial. O caralho que é confidencial — Resmungou. Não sei porque, mas tenho a plena certeza de que tinha revirado os olhos. Soltei uma risada.

—Tô descendo aí.

Desci de escada pra dar uma esquentada, tinha esfriado pra caralho no rio esses dias e imagina minha cara quando cheguei no portão e encontrei a Alana abraçando o próprio corpo, usando um shortinho micro e uma daquelas blusas de pijama com renda e os caralho a quatro.

—Garota? Quando você falou que ia vir sem nada eu não acreditei — Soltei uma risada — Pô seu Jaques, pode liberar a entrada dela aí.

—Ei, não. Calma aí — Alana me olhou do outro lado do portão — Você vai ter que colocar o carro pra dentro, eu não faço a mínima ideia de como subir essa rampa com um carro ligado.

—Como assim você não sabe? E a carta de motorista serve pra que? — Debochei.

—Que carta de motorista? — Ela usou o mesmo tom que eu. O coitado do seu Jaques começou a tossir.

—ALANA! Você não tem carta e saiu da casa do caralho pra cá? — Passei pro lado de fora e me aproximei dela, sentindo aquele cheirinho bom de morango — Tudo isso por uma noite? — Sussurrei quando tive oportunidade.

𝐓𝐑𝐎𝐂𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐄𝐋𝐔𝐋𝐀𝐑𝐄𝐒 • 𝐌𝐀𝐓𝐇𝐄𝐔𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora