5.

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Mariana corria em disparada para
qualquer canto. Ela se apegou a Nate depois que ele a ajudou com tarefas extra curriculares, e ver Bianca desrespeitando essa paixonite que ela desenvolveu por ele a fez perder o chão e jogar fora toda admiração e respeito que tinha pela amiga. Correndo desgovernada esbarrou em uma menina, isso a fez diminuir sua velocidade.
                    

-Me desculpa. - Disse desatenciosa.
                   

-Tudo bem. - Respondeu a garota com a cabeça baixa.
                   

Mariana percebeu que não era a única a ter uma noite difícil e com o coração mole que tinha, não pode recusar sua natureza amigável - Você está bem? Está tremendo. - Perguntou.
                     

Estava quente, o verão tinha terminado a menos de um mês e aquele ano a primavera estava muito acolhedora, mas a garota de cabelos pretos usava uma jaqueta, transpirava e tremia ao mesmo tempo.
                     

- Estou bem, com licença. - Disse empurrando Mariana.
                     

- Espera. - Disse segurando seu braço. - O que você tem? Eu posso ajudar?
                     

- NÃO! NINGUÉM PODE.
                    

E com isso Mariana percebeu que a garota chorava e não era pouco.
                     

- Calma. Qual seu nome?
                  

- Manoela. - Respondeu tremendo, desviando seu olhar.
                     

- Ok, Manu, vamos até a enfermaria, eu acho que você precisa de cuidados médicos. - Disse preocupada.
                     

- Não, não preciso, com licença.
                     

Saiu correndo longe do alcance de Mariana, que achou aquilo muito estranho, diminuiu seus passos e foi até seu dormitório pensativa. Queria tanto dividir aquilo com Bianca, mas lembrou o quão magoada estava com a morena.

 
//                   

                     
POV Bianca

                     

Passei algumas horas beijando Nate e sinceramente, foi o beijo mais tedioso de toda minha vida, mas espero de coração que aquela soberba prepotente, arrogante tenha visto e percebido que aquela porcaria que chama de beijo não significou merda nenhuma pra mim e sua bronquinha sobre os cabos tão pouco me abalou.

Eu queria saber onde está a Mariana não a vi a festa inteira. Não que desse, Nate não largou de mim um minuto. Me abraçava e me mostrava para cada amigo seu que aparecia, achei divertido ser um pequeno troféu, embora extremamente machista.
                     

Machista? Merda, estou soando como aquela professorazinha.
                   

Depois de aguentar o máximo que pude daquela festinha medíocre e cheia de adolescentes, resolvi ir pro meu dormitório, o dia foi muito cansativo e amanhã ainda teria aula.
                  

Cheguei no dormitório e me deparei com Mariana já dormindo, sem entender a acordei, porque eu sou dessas.
                     

- Mari? Mari, acorda.
                   

- Me deixa dormir.
                     

Ela disse isso num tom ríspido que não levei a sério devido ao seu sono. Mariana podia ser bem mal humorada com sono. Me deitei e esperei minha recente dor de cabeça sumir junto com as lembranças dessa porcaria de dia.

ME ENSINA?Onde histórias criam vida. Descubra agora