17.

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POV Bianca
                  

Acordamos naquele sábado na mesma posição que dormimos, como sempre. Fiquei com um pouco de medo, em casa me sinto mais propensa a ter pesadelos e não queria que Rafaella conhecesse essa parte da minha vida. Minha mãe preparou a mesa de café da manhã mais exagerada que eu já tinha visto, obviamente para agradar Rafaella, revirei os olhos ao refletir sobre isso.

                     

Fomos dar uma volta pelo pier de Santa Monica logo pela manhã, num horário em que conseguíamos nos movimentar, levando em consideração no quão cheio era aquele lugar. Passeamos no shopping e almoçamos por lá, com aquela vista maravilhosa da roda gigante, eu não podia pedir por coisa melhor. Esse fim de semana estava surreal em todos os sentidos. Veja bem, eu não era assim, nunca fui do tipo de garota que gosta de confraternizações familiares e bla bla bla, mas com Rafaella, eu trocaria todas minhas noites de farras desenfreadas por uma noite quadrada no quarto com ela comendo pizza.
                     

Já era domingo e meus pais estavam completamente apaixonados por Rafaella, se pudessem me trocar por ela sinto que não pensariam duas vezes.
                    

- Que horas vocês vão pegar a estrada? - Minha mãe perguntou enquanto almoçávamos na sala de jantar.
                     

- Assim que acabarmos de comer. - Respondi.

                     

- Ótimo, não quero vocês pegando estrada à noite. - Disse minha mãe.

                     

- Rafaella, você joga tênis? - Meu pai perguntou repentinamente.

                     

- Jogo sim, Marcos. - Ela respondeu com naturalidade.

Que papo mais estranho. Olhei pro meu pai em busca de alguma explicação.

                     

- Quando tiver uma folguinha em administrar um universidade multimilionária, você poderia acompanhar Bianca, Mônica e eu em uma partida. Seria ótimo. - Ele disse fitando-a e voltando seus olhos para o prato.

                     

- Ótimo e tedioso. - Eu disse sem tirar os olhos da minha comida.
                     

Rafaella riu em solidariedade e respondeu

                     

- Seria um prazer, mas eu posso trocar de dupla?
                   

- Hey! - Eu disse fingindo estar ofendida.

                     

- Ela tem razão filha, você não é a pessoa mais equilibrada que existe. - Minha mãe disse.
                     

- Mesmo assim, ouvir isso magoa. - Disse magoada.
                    

Todos riram a mesa. Olhei pra Rafaella em cumplicidade, eu estava radiante por ver como meus pais adoraram ela, talvez isso facilite as coisas quando souberem.

                     
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Após o almoço subimos para pegar nossas malas, mas Rafaella se distraiu com uma mensagem que chegou em seu celular. Ela encarava sua tela de telefone completamente estática.

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