20.

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Mônica  descia as escadas com pressa em busca de seu marido. Gritava aos quatro ventos seu nome em desespero.
                     

- Marcos! Marcos!
                     

Atrás corria Bianca tão desesperada quanto, mostrando que puxou mais da mãe do que só o largo sorriso.
                     

Rafaella andava rápido, olhando seus passos e ao ver Bianca correndo toda destrambelhada, tinha uma certeza...

                     

- INFERNO! - Gritou Bianca, escorregando escada a baixo. Formando uma cena quase tragicômica.

Marcos correu para o hall de entrada, onde todas se concentravam e ao avistar Rafaella ajudando Bianca a levantar pensou que os gritos agudos e desesperados eram por conta da queda.
                     

- Filha, está tudo bem? Melhor a mamãe checar pra ver se não quebrou nada.

                     

- Eu estou bem, pai. - Disse se levantando.

                     

- Ela não está bem, Marcos, ela está ótima. - Disse Mônica com os braços levantados de forma teatral.

                     

- Mãe, me escuta... - Bianca tentou argumentar.

                     

- Sabe por que as coisas estão dando tão certo na universidade, Marcos?

                     

- Você não ousaria dizer isso... - Disse Bianca com os olhos serrados fitando Mônica .

                     

- Porque nossa filha conquistou algo muito maior do que uma nota ou um diploma. - Disse sem encarar Bianca ou Rafaella.

                     

- O que quer dizer, Mônica ? - Perguntou Marcos, levando as mãos até a cintura, alternando os olhares entre as três mulheres.

                     

- Isso mesmo que você ouviu, sabe com quem Bianca está envolvida? Com essa daí. - Disse apontando com a cabeça desdenhando Rafaella.

                     

- Mônica ... - Rafaella disse se aproximando da mulher nervosa.

                     

- É Sra. Andrade pra você. - Disse encarando Rafaella. - Eu não dou intimidade pra mentirosas e aproveitadoras.
                     

- Aproveitadora? - Disse com um tom ríspido, sentindo que perderia o controle. – Porque eu estaria me aproveitando de Bianca?

                     

- Rafaella, não se incomode... - Disse Bianca revirando os olhos em desistência.

                     

- Não sei. Dinheiro, prestigio... Fizemos o nome Andrade ser algo grande e reconhecido. - Disse medindo Rafaella.

                     

Rafaella deu uma gargalhada forçada e alta.

                     

- Dinheiro?! Você sabe quando eu ganho por ano, Sra. Andrade? Já viu onde moro? O tamanho do meu duplex? O carro que dirijo? Prestigio?! Eu sou a porra da diretora de uma das melhores universidades do mundo. Eu fiz o meu nome. Eu não preciso sair com ninguém por interesse, acredite! Se pudesse controlar o que sinto por sua filha, teria feito. Mas eu a amo e isso é real.
                     

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