12.

1.8K 124 39
                                    

Bianca estava em seu quarto, encarando o escuro, estupefata por Mariana nem se quer demonstrar qualquer reação, ela acabou de abrir o coração e foi completamente ignorada. Ela se levantou e acendeu a luz, sedenta por alguma coisa, uma palavra, um soco, uma expressão de raiva, quando viu que... Mariana estava dormindo o tempo todo. Tinha uma expressão serena no rosto, dormia agarrada a seu travesseiro...Todo seu discurso, suas lágrimas, sua coragem...pra nada. Bianca voltou pra cama frustrada, mas de alguma forma o fato de pôr aquilo pra fora lhe deixou dormir um pouco mais aliviada.

                     

POV Rafaella

                     

O dia parecia bonito, era sábado e eu não tinha planos. O jeito era trabalhar em minha tese, além do que, haviam dúzias de provas para corrigir. Gostava do silêncio de meu apartamento, mas preferia ir a praia, algo naquela brisa me clareava a mente para prosseguir com meu trabalho.

                     

O celular vibra, me obrigo a abrir os olhos e abro a mensagem que recebi.

                     

"Bom dia, Senhora Carrancuda Kalimann. Será que hoje vou conseguir ter a chance de ver esses lindos olhos?"

                     

Essa hora da manhã e Bianca me mandando mensagem, eu deveria ficar irritada e cortar esse tipo de contato e intimidade, mas a única reação que me vinha era sorrir. Eu entrei numa loucura descabeçada atrás dessa garota e dia após dia tentava me convencer do quanto precisava acabar com isso, mas era docemente convencida do contrário com suas mensagens carinhosas, suas provocações em sala de aula e seu sorriso, aquele maldito sorriso.

                     

"Bom dia, senhorita irresponsável. Andrade, traga seu castanhos para encontrar os meus esverdeados."

Mandei. Onde eu estava com a cabeça? Dei uma pancada suave na testa...Talvez assim voltasse a pensar conscientemente.
                    

Meu telefone tocou, era Tadeu. Porra, em pleno sábado...Pensei três vezes antes de atender.

                     

- Fala, Tadeu. - Atendi.

                     

- Rafa, bom dia, desculpe a hora. Eu acho que tenho uma pista sobre nossa investigação.

                     

- O que seria? - Perguntei desinteressada.

                     

- Eu ouvi uma conversa de Manoela com uma amiga dela, elas falavam de um garoto, Nate alguma coisa, nós damos aula pra ele, Manoela não parecia muito feliz ao dizer o nome dele. (n/a: O Nate tava com a Bia na festa, não tem como ter sido ele. Ou tem? Mas eu acho que a Manu tava falando com a Mari e não tava feliz por estar com ciúmes. O que vcs acham?)

                     

Eu tentei me lembrar de onde conhecia esse nome, mas não consegui.

                     

- Você tem certeza disso, Tadeu? As vinte últimas pistas que você tinha eram furadas. - Eu disse me levantando preguiçosamente da cama.

                     

- Tenho, sinto que essa é real. Pensei em conversar com ele na segunda-feira. - Ele disse determinado.

ME ENSINA?Onde histórias criam vida. Descubra agora