Bonus D22
Acordo com o coringa batendo na porta, parece que uns dos caras que foram receber a carga hoje sumiu, quando tem dinheiro em jogo o Coringa fica nervoso, ele deixou umas paradas aqui e fui com ele direto pra boca.
_Não quero saber dessa fita, são cem mil porra, tu vai dar um jeito zarolha, eu mandei tu ir e você mandou outro. -Coringa grita.
_Vou dar um jeito patrão. -Zarolha diz com medo.
_Se tu não der vai ver o berro, vai conhecer Jesus mas cedo.-Coringa diz ao mesmo
_D22 da uma rodada na contabilidade pra mim, o menor fez e não tava batendo, ve esse b.o para mim ai que tu entende mais dessas paradas.
_Tranquilo.Digo e atendo meu celular, coringa continua gritando com o zarolha, respondo a Laura.
_Resolve essa fita ai Zarolha ou cabeças vão rolar, a tua e a dele, tu tem até ás cinco. -Coringa grita e ele sai da sala.
_Ta bom, ja ja to ai. -Respondo ela.
_Se ele não voltar com a carga até as cinco passa ele irmão.-Coringa diz e vai embora.Vou até a padaria e depois vou para casa, que porra mano, tomara que o Zarolha ache esse cara, não quero ter que passar ele, o cara é responsa, cara tem filho, tem mãe, tem mulher, essa vida é só porrada.
Entro e não vejo a Laura na sala, escuto um barulho no quarto, vou até a mesma e quando chego ela tinha derrubado as coisas do Coringa, olho para a mesma que tenta se explicar mas eu não presto muito a atenção, isso não devia acontecer, isso não é coisa pra ela ta vendo, mano, hoje ta dando tudo errado, ajudo a mesma a guardar tudo e pego o remédio pra ela.
Essa manhã está tensa de mais, levo a Laura em casa depois de tomarmos café e depois volto pra boca, faço toda a contabilidade e vejo que realmente não esta batendo, mas que droga Zarolha, em que fita tu se meteu.
Ligo para o Coringa dizendo que está faltando dez mil, ele diz que bate com a conta do menor também, e me manda esperar que já esta vindo.
_Jà sabe o que tem fazer. -Coringa diz e eu concordo.
_Vamos esperar ele voltar com a carga. -Digo ao mesmo.
_Tu sempre com esse coração mole D22, passa os dois que eu vou colocar uns caras pra correr atrás desse prejuizo, tu ja sabe ne, volto a noite, quando eu chegar quero essa fita ai resolvida, sem dó com quem rouba da contenção.Ele sai andando, ligo para o zarolha e digo para ele correr com isso logo, deixo tudo no esquema, me sento com a minha arma na mão, mil coisas passam na minha cabeça, eu quero sumir dessa vida, isso aqui é demais para mim, eu vou matar meu amigo, vou ter que passar pelo filho dele e saber que eu matei o pai dele.
As horas correm depressa demais, e logo são cinco horas, zarolha entra com um menor que parece ter uns quinze anos, me olha já sabendo o que esta por vim.
_Desculpa mano, eu precisei da grana, tava devendo umas paradas. -Ele diz.
_Tu sabe o que eu vou ter que fazer agora, porra zarolha, e esse ai, é um moleque, tu meteu ele nisso. -Digo nervoso.
_Diz pro meu filho que o pai ama ele.-Ele chora.
_Porra mano, me desculpa, mas você sabe como isso funciona, ou é a tua cabeça ou é a minha.-digo.
_Eu sei.Ele diz e eu disparo um tiro na testa do menor e ele olha assustado, em seguida atiro no mesmo, vai com Deus zarolha.
Mando uns caras limpar tudo e avisar o coringa que foi feito como ele queria e vou pra casa.
Tomo um banho demorado, que dia de merda, matei meu amigo, não aguento mais isso, não quero nada disso, eu só quero ver a Laura agora, preciso da paz que ela me traz.
Me arrumo e ligo para ela dizendo que estou indo ver a mesma, hoje vou conhecer os pais dela, tomara que pelo menos isso de certo, por que o dia de hoje só foi pedrada.
Chego e ela já está me esperando do lado de fora, ela ri quando me ver, e que sorriso essa mulher tem, ela me trás uma paz, entramos e fomos nos sentar na mesa para aguardar seu pais.
_Ta tudo bem com você? -Ela pergunta seria.
Nesse momento posso sentir o nó que se forma na minha garganta, seguro o choro e apenas aceno que sim.
O jantar correu bem, os pais dela são gente boa, não me fizeram muitas perguntas quando disse onde morava, a mãe parece ter o gênio parecido com o de Laura, depois de jantarmos eu e Laura fomos para minha casa.
Eu só preciso de um momento de paz, amanha vai ser um dia puxado demais, vou ter que falar com família do Zarolha, o cara tinha família, nem sei como vou olhar o menor dele sabendo que matei o pai dele, mas vou ajudar no enterro pelo menos, sem o coringa saber é claro, ele jamais colaboraria com isso, o Zarolha tava vacilando, mas era um dos nossos.
Laura entra e senta no sofá, me olha com o rosto passivo, abre os braços e me chama.
_Vem cá, eu não sei o que houve, mas parece que você precisa de um abraço.
Me deito entre as pernas da mesma que abraça meu corpo enquanto deito minha cabeça em seus seios, a vontade de chorar volta e desse vez resolvo deixar sair, essa vida as vezes te quebra por dentro, escondo o meu rosto da mesma.
_Não precisa ficar com vergonha, eu to com você, vai ficar tudo bem.
Ela diz e faz carinho nos meus cabelos.
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Prazer, Laura
RandomOi, sou eu Laura, isso mesmo essa história é exclusivamente sobre mim, não sou muito boa em me descrever mas cola comigo que vai dar bom, é sobre minha adolescência e alguns corações partidos, e a tão sonhada vida adulta, só que não né mores, alguns...