Capítulo 13

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Depois de ficar dois dias em casa - pois no dia seguinte a sua ''expulsão'' voltou para trabalhar normalmente e foi novamente, dispensada – Sakura decidiu ir para o hospital. Estava entediada dentro de casa, e iria entrar de forma que quase ninguém a visse. Se enfurnaria no laboratório e lá passaria um dia agradável. Sorriu com seus planos para aquele dia enquanto terminava de se enfiar na calça branca, aos tropeços.

Sarada havia saído e ela não estava com fome, já que passou a noite em claro assistindo filmes e se empanturrando de chocolate. Sabia que sua alimentação estava um lixo e que precisava comer que nem gente, mas sua empolgação falou mais alto.

Já pronta, abriu a porta sentindo o ar fresco que emanava do dia limpo, sem calor, mas com céu aberto. Caminhou pelas ruas das proximidades até chegar a parte que começava a ser asfaltada, em direção ao centro. Gostava de andar, não sabia se era um hábito ou algo intrínseco mas sabendo que provavelmente passaria horas e horas sentada, foi quase saltitando em direção ao hospital.

Seu humor estava melhor depois da conversa que teve com Sarada, e de uma boa noite dormida. Devia os créditos ao dia extra de folga empurrado por Tsunade, mesmo que tenha ficado chateada, sabia que a sannin apenas se preocupava com ela.

Porém, logo sua empolgação foi diminuindo, dando espaço para o recém descoberto frio na barriga que sentia quando via Sasuke e Sarada juntos, e não era no bom sentido.

Ao passar pela academia, viu pai e filha treinando, novamente. Dessa vez não poderia culpar Sarada, afinal não havia perguntado para onde a pequena ia antes de sair e tampouco a proibido de treinar com ele. Suspirou, resignada, assistindo Sarada desviar de um golpe e decidiu ignorar todos os sentimentos que vinham a tona, continuando a andar.

Foi somente quando as luzes do laboratório se ascenderam automaticamente, ao escurecer do dia, que Sakura percebeu a hora. Cumpriu seu plano de passar o dia todo bem quietinha terminando uma pesquisa para um caso. Conseguira passar pelas enfermeiras, que com certeza informariam a Tsunade que ela estava ali, mas surpreendentemente ninguém a interrompeu.

Colocando seu casaco, seguiu para fora do hospital.

Caminhou a passos largos, queria chegar logo em casa e bater um belo prato de ensopado, e só de pensar sua barriga contorcia-se em expectativa.

Andava tão agilmente que mal percebeu quando bateu em algo sólido com a testa, sobressaltando-se.

- Kiba! Me desculpa!

O moreno não parecia surpreso ao vê-la nem muito menos ter se importado por ter recebido uma cabeçada. Na verdade, Sakura desconfiava que ele havia simplesmente surgido ali.

- Sakura...me desculpe por aquele dia.

- Hm, está tudo bem.

- Sei que não é da minha conta, mas só quero te ver bem. – enfiou as mãos nos bolsos do jaleco, que Sakura reparou estar fechado até o pescoço, devido ao vento gelado.

- Eu sei, está tudo bem, eu estou bem. De verdade. – segurou em seu ombro tentando lhe passar uma confiança que não tinha ao dizer aquelas palavras.

O sorriso de Kiba se esticou como se houvesse acreditado na rosada. A olhou rapidamente de cima a baixo e deu um passo a frente.

- Está com fome?

(...)

- Ei. Pai!

Sasuke, ainda com o sharingan brilhando em seus olhos ferozes, subitamente parou e Sarada pode vê-lo retesar. Não queria reclamar, sua respiração estava ofegante, estavam treinando praticamente o dia todo sem descanso e suas pernas a estavam matando. Mas ao seguir o olhar penetrante do pai que estava estático no mesmo lugar, franziu as sobrancelhas e até ajeitou os óculos para ver melhor.

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