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Yunho não entendia como Song estava tão "normal" com tudo que aconteceu, lógico que o ômega percebeu a calmaria do alfa, ele estar mais quieto, mas ele não chorou, não surtou, simplesmente estava ali.

E isso incomodou Yunho, parecia que ele estava sofrendo sozinho, que só ele perdeu o filho, Song não tinha emoções.

A casa dos Jeong estaria vazia se não fosse pelo casal, os Jeong's mais velhos saíram para aconselhar um casal, San foi em algum lugar desconhecido de todos.

Yunho poderia ter guardado o que estava pensando de Song, mas ele falou, Song apenas ouvia em silêncio tudo que o ômega guardou.

— Por que você não reage? - perguntou em voz alta para o alfa que estava em pé de braços cruzados encarando ele - Parece que só eu perdi um filho, o que você tem Mingi?

— Nada príncipe, enfrento a perda de forma diferente - Song respondeu.

— Que forma? Você seguiu sua vida - Yunho falou.

— Não príncipe eu não cheguei nem perto de seguir, eu não consigo entrar na minha própria casa - Song começou falar - Quando não estou ao seu lado te consolando estou em um hotel, pelo simples fato que tudo naquela casa me lembra tudo que passei com você e com ele, e realmente eu ainda não chorei pela perda do meu filho, só irei me permitir ter um momento de luto quando matar a desgraçada que tirou ele de mim.

Song explodiu, ele não queria, mas aconteceu.

Yunho o olhava chocado, era a primeira vez que Song levantou a voz para ele.

— Merda, gritei com você - Song viu como estava o ômega.

Saiu do quarto, estava já na sala quando sentiu Yunho o abraçando.

— Me desculpa, eu não deveria ter falado que você não sentiu a perda - Yunho pediu.

— Eu não deveria ter levantado a voz para você - virou abraçando o pequeno corpo.

San chegou encontrando os dois abraçados, para não atrapalhar o momento do casal se sentou no sofá e ficou em silêncio.

Song beijou a testa do ômega, que notou o cheiro tão conhecido do amigo na casa.

— Entra e fica quieto? - questionou o amigo.

— Não quis atrapalhar o momento fofo - respondeu - Tem um carro estranho parado do outro lado da rua.

— Deixa eu ver - Song olhou pela janela - Os dois sobem agora.

— Por quê? - Yunho perguntou.

— É o carro da doida apaixonada - San arrastou Yunho para o andar de cima, ficaram no banheiro bem quietos.

— Ele vai matar ela? - San perguntou baixinho.

— Não sei - Yunho respondeu mais baixo ainda.

Deu cinco minutos Song entrou no banheiro.

— Estranhamente ela veio em paz - Song falou.

— O que ela quer? - San perguntou.

— Falou que tem informações - Song respondeu.

Os três voltaram para sala, a mesma estava sentada no sofá olhando a todo momento para o lado de fora.

Yunho se assustou, ela estava com um hematoma no rosto, e agora era loira como ele.

— Yunho? - outra que também quase não reconheceu o ômega.

— Eu mesmo - Yunho falou.

— Você está diferente, está mais bonito - Song estava amando a interação dos dois.

My literature teacher | yun+gi ver.Onde histórias criam vida. Descubra agora