My literature teacher | yun+gi ver.

61

— Ela foi embora. — meu pai falou.

— Piada né? — negou. — Como assim foi embora? E o casamento de vocês, ela quem iria ajudar o Yuny quando as meninas nascerem, isso está muito mal contado, primeiro ela surta do nada e sem motivo, agora vai embora.

— É, concordo com o Yunho, a mãe está estranha. — Yuny falou antes de comer mais bolo. — O senhor sabe o que aconteceu né?

— Sobre o casamento, ela pediu divórcio. — eu engasguei com a saliva e Yuny com bolo, tomamos suco. — Vocês já são adultos com a vida formada, vão entender na hora que eu explicar sem ficar triste.

Não prometo nada, apesar que vindo da minha mãe eu não me surpreendo mais, ela enlouqueceu.

— No início da gravidez pensamos serem apenas um, e ela deu o nome de Yuny. — não vou gostar dessa história. — Descobrimos com cinco meses sobre o segundo bebê, você Yunho, quando nasceu e apenas um "sobreviveu" ela se negava amamentar você.

Eu era o rejeitado, o não planejado, só melhora.

— Então precisei contratar alguém para amamentar você, já que ela não queria nem te segurar no colo. — como se eu tivesse culpa do médico vender o Yuny. — Só quando ela viu você chamar quem te amamentava de "mãe" que passou cuidar de você por ciúmes.

Melhor mãe do mundo.

— Você não ter amigos na igreja foi por ela não deixar ninguém se aproximar, as crianças eram proibidas de brincar com você, o medo que ela tinha de alguém te levar embora era tão grande que se tornou possessiva. — só piora. — Mas quando completou cinco anos e eu contratei o professor de piano, ela voltou ser fria com você, ou você estava com a babá, ou com o professor até completar sete anos.

Eu lembro vagamente do professor e da babá, minha infância caiu no mar do esquecimento, e eu vejo que foi ótimo esquecer que minha mãe não gostava muito de mim só porque não era o gêmeo certo.

— O que aconteceu com o meu professor? — perguntei.

— Sua mãe me traiu com ele. — impossível, ela morria de ciúmes do meu pai.

— Como? Ela começou ir para a igreja por ciúmes, ela não faria isso. — falei.

— Ela faria e fez, realmente ela foi por ciúmes, mas após ver que não corria perigo porque eu jamais traí a mãe de vocês. — isso eu acredito. — Por dois anos sua mãe me traiu com o professor de piano.

Por isso acabou, que dó do meu pai.

— Como descobriu, ela contou? — Yuny perguntou.

— Não, vi mensagens trocadas entre os dois no celular dela, eu demiti ele e disse que se ela não passasse agir como uma mãe de verdade, iria perder o Yunho também. — deveria ter feito isso, evitaria problemas maiores. — Perdoei a traição e nós seguimos a vida, a primeira vez que desconfiamos que Yunho fosse gay aconteceu na época que estava no fundamental.

O que eu fiz? Não lembro.

— Você apareceu com uma florzinha amarela que um menino te deu no parque, passou o final de semana falando do menino. — eu lembro da florzinha, mas não do menino que me deu. — Sua mãe tirou uma foto sua com a florzinha, a única coisa que você dizia era que foi um menino grande.

— Eu não lembro do menino, só da florzinha. — falei.

Anos antes (autora on).

O pequeno Yunho estava sentado na grama encostado na árvore, desenhando o coelho que estava mais a frente comendo matinho.