Eu te amarei para sempre

Capítulo 10 - Experiências

Acordei e senti que alguém me observava ,tive medo de olhar, mas respirei fundo e olhei para a pessoa e fiquei aliviado vendo que era o Geovane.

- Não quis te acordar.- disse ele se aproximando.

- Geovane, como você entrou aqui?

- Fiz uma cópia da sua chave.

- Uma cópia-disse um pouco chateado.

- Porque veio para cá, vamos voltar agora-diz o homem de forma autoritária.

- Não - falei querendo chorar, ele se aproximou o máximo da cama e eu estava sentado no meio da cama assustado.

- Não vou voltar-gritei, mas estava me tremendo.

- Me perdoa por te tratar daquela forma-disse ele enquanto lágrimas caíam dos seus olhos .Durante todas as nossas vidas poucas vezes vi ele chorar,meu coração não pôde suportar aquela cena, era como se o feroz lobo tivesse virado um manhoso filhotinho.

Abracei ele e ficamos assim por uns minutos e Geovane me beijou. Foi um beijo muito intenso, senti a língua dele percorrer todo o interior da minha boca até encontrar a minha. Mesmo quando as nossas bocas se separaram elas ainda ficaram ligadas por um fio de saliva. As nossas respirações ficaram muito aceleradas por conta desse longo e intenso beijo e ele olhou para mim e eu sorri me aconchegando em seus braços.

Deitamos ,mas a cama é muito pequena para nós dois mesmo sendo de casal porque Geovane é muito alto e forte. Ele dormiu e parecia um pouco triste. Fiquei olhando ele dormir, ele cheirava a álcool e lágrimas ainda escorriam pelos seus olhos. Acabei dormindo e quando acordei ele ainda estava dormindo então fiquei admirando um pouco a sua beleza "tão lindo como uma miragem, um sonho ou uma bela poesia ''. Tomei um banho e fui fazer o nosso café da manhã, não tinha muita coisa na cozinha, mas mesmo assim fiz café, um bolo ,panquecas e coloquei mel nelas.

- Meu amor, bom dia!

- Oi, bom dia!

- Fiz o nosso café da manhã.

- Não precisava. Como está sua perna?

- Só foi um arranhão, está tudo bem-disse dando um tímido sorriso.

- Não!. Para de fingir que é forte e que está tudo bem-disse ele com uma expressão triste e pegou a bandeja da minha mão.

- Vou te contar um pouco sobre o porque não gosto da minha família. Eles não foram bons pais eles nem gostam de me só é pura encenação, porque não me pareço com eles e por serem pais horríveis mesmo. Quando nasci eles me deram para minha avó , ela cuidou de mim até os meus 12 anos e infelizmente ela morreu. Voltei para eles ,mas nunca me deram atenção. O vicente sempre foi um maldito e uma má pessoa. Os nossos pais também não foram bons para ele permitindo tudo até mesmo que me espancasse quando era mais novo. Uma criança deve ser educada e não mimada ao ponto de poder tudo, isso foi para não ter trabalho com vicente.

-Deve ter sido muito difícil-disse abraçando ele.

-Tudo que tenho foi graças a minha avó e as minhas habilidades para os negócios hoje sou Mais rico do que meus pais.- disse ele com uma grande tristeza nos olhos.

A cada reencarnação temos novas experiências e esta bagagem pode mudar um pouco as nossas personalidades. Thaitos sempre foi autoritário, possessivo e até um pouco impiedoso, mas também carinhoso , nobre e o Giovane ele é exatamente assim, contudo dentro dele a uma grande dor causada por esta vida. Dói-me tanto saber que ele sofre também. Quando essa maldição vai acabar questionei-me e comecei a chorar.

- Porque está chorando-disse me dando um forte abraço.

- Não foi nada.- falei enquanto enxugava minhas lágrimas e ele me deu um sutil beijo na minha testa enquanto me olhava com carinho.