Eu te amarei para sempre

Capítulo 22- O silêncio de um amigo

Não acredito como aquele maldito cão conseguiu ser tão fraco, mas o erro foi meu deixando algo assim nas mãos de ser tão inútil. Como eu não pensei que isso poderia acontecer, sabia que o Dario era inexperiente, mas serio o suficiente para matar aquele maldito inserto, se não fosse intromissão dos outros deuses memores. Então o thaitos mesmo inconsciente está tramando contra mim.

Tomo o último gole do meu vinho, respiro profundamente levantando a taça acima da minhas vistas para olhar o brilho do cristal que a taça é feito.
                                                                                                                                                  — PORRA.-jogo a taça no chão com toda minha fúria.

Vejo o objeto se estilhaçar na minha frente e o som foi maravilhoso. O Arché é frágil ,assim como esta taça e só quebrá-lo. Ainda vou vê-los em pedaços na minha frente, só assim poderei ficar em paz. Nunca pensei que uma pequena perda no meu caminho me causaria tantos problemas.

Passos apressados vêm em minha direção para limpar os cacos de cristal, o ser de magia logo limpa e olhar para mim, começa a tremer e faz uma sutil referência e sair da minha presença. Devo criar novos mofis desta vez sem sentimentos, mas minha intenção nunca foi dar sentimentos a estes malditos seres e apenas um fenômeno natural que acontecer depois de algum tempo, não é todos que conseguem ter sentimentos, mas infelizmente a maioria que estão em minha volta conseguiram ter sentimentos.

Agora tenho uma coisa muito importante para fazer.

Dario… Dario.-Chamo em pensamentos e imediatamente ele surge na minha frente e se ajoelha diante de mim. Me levanto apreciando o som do meu salto que está sendo intensificado pelo eco no salão. O deus menor em minha frente está apreensivo. Mesmo que não abrimos as nossas bocas para falar sequer uma palavra, os nossos olhos falam pelas nossas bocas, porque eles não conseguem esconder nada é como olhar para um lago límpido e transparente e conseguir ver os seus mistérios.

— Minha deusa, eu falhei na missão a qual foi designado por você.-disse de cabeça baixa.

— Não se preocupe.-disse sorriso para o mesmo que me olhou sem acreditar nas minhas palavras.

Ele continua de joelhos e começou andar ao seu redor. — O erro foi todo meu, por colocar as minhas fichas em alguém tão inútil como você. Deveria ter deixado você apodrecer no abismo que estava, mas fui tão misericordiosa e te ajudei é assim que você me retribui. Há Dario me decepcionei tanto com você.-fingindo tristeza na voz.

— Desculpa, sinto muito.-disse com tom quase como um sussurro. 

Fiz correntes circulares do seu pescoço e apertarem, logo ele tentou impedir as correntes de o sufocá-lo, mas é inútil a tentativa. 

— AHN… AHN…. Me dê outra chance.

Parei de caminhar em seu redor e abaixei me aproximando do seu rosto e comecei a gargalhar de uma forma forçada e olhei friamente para seu olhos, ele estava brilhando intensamente.

— Estou te fazendo um favor, sendo um ser tão inútil porque continuar vivendo. O ser ajoelhado levantou a sua cabeça e olhou diretamente para mim e os seus olhos estavam como brasas acesas. Fiz as correntes se apertarem mais em voltar seu pescoço, há uma certa rebeldia neste olhar. 

Uma simples faísca em campo pode causar uma grande destruição se não for controlada imediatamente. Retornei ao meu trono e sentei elegantemente e toquei as pontas dos meus dedos ao redor dos meus lábios e olhei para ele o fuzilando com o meu olhar, minha energia envolve o meu corpo e as correntes que estão esforçando este maldito e fiz ele levantar com um mover de mão.

— Agora você vai poder descansar, querido, este meu presente.-A vida do deus menor estava sendo tirada na minha frente. Isso está me dando uma grande satisfação. 

Um deus menor é um deus que nunca chegará em ascensão, malditos seres que podem morrer, mesmo que seus tempos de vida sejam infinitos como a de deus, se seus corpos forem destruídos a suas vidas também chegarão ao fim.

Sempre serão grãos de poeira diante de nós deuses e sempre nos serviram como cães, leais é isso que está reservados para eles.

— Minha deusa, sinto muito por não ter cumprido sua missão.-disse em seus últimos suspiros.

Uma luz intensa entra no meu templo e se aproxima em passos calmos. Era nada mais é nada mesmo do que o deus do sol e do fogo, Rhavi.

— Débora, o que este garoto pode ter feito de errado para merecer a morte?

— Rhavi.-disse com falso sorriso e solto o maldito deus memor. Tenho que manter uma boa imagem para os outros deuses.

— Linda como sempre, sua beleza e como o melhor sonho que alguém pode sonhar em toda sua existência, é marcante e inesquecível.

— Obrigada, pelos seus elogios.-sento novamente colocando uma perna em cima da outra, mantendo uma postura imponente e elegante. 

Não preciso que ninguém elogie a minha beleza para acreditar nela, porque sei quanto sou linda e poderosa. Tenho uma autoestima inabalável.

— Qual é o motivo da sua visita, Rhavi? Com os cantos dos olhos, encaro novamente para direção onde estava o Dario, mas ele desapareceu. franzo as minhas sobrancelhas aquele desgraçado fugir como um rato. Depois cuido dele.

— Thaitos.-disse olhando diretamente para os meus olhos.

O deus do sol é a definição da ostentação, tem um ar imponente e deslumbrante como um pavão. Alto e com um belo corpo, cabelo longo e dourado como ouro, sua pele é bronzeada como estivesse pintada com pó de ouro e seus olhos são amarelos com o sol e também podem ficar vermelho como fogo.

— Por que, eu saberia sobre ele? O Thaitos nunca foi próximo a você porque agora está preocupado?

— Porque você era próxima dele e louca ou ainda é por ele, mesmo depois de ter se casado com aquele deus. Thaitos nunca foi de papo, mas ele sempre se comunicava quando necessário e sempre ia para reuniões. O silêncio dele é preocupante.

— Nós deuses somos egoístas, pois só se importamos com nós mesmo e não olhamos em volta. Não precisamos de outros deuses ou humanos para sermos o que somos. Não precisamos de adoração, mas mesmo assim eu Rhavi o deus do sol, cumpro o papel que cabe a mim e estou preocupado com um amigo, mesmo este amigo não me considerando da mesma forma.
 
— Não sei o que aconteceu com o Thaitos e seu esposo e agora sai do meu templo, eu preciso descansar.-me levanto e passo por ele que imediatamente segura o meu braço.

Começo a gargalhar 

— Vou dar um conselho, querido. Não entre no meu caminho, porque você pode se arrepender muito disso.-meus olhos se acenderam e os deles também. Agora o salão está preenchido com nossas energias. Criando um embate de forças entre nós dois.  

— Cuide apenas da sua existência.-ele se irritou, soltou o meu braço e se teleportou.

Sei que o Rhavi não desistiu, ele não desiste fácil do que deseja ,mas ele deveria desta vez. 
  
Era só o que faltava, mais uma pedra no meu caminho .Thaitos ,meu amor logo estarei em seus braços e farei esquecer aquela coisinha.

Não menti quando disse que estava cansada, perdi toda a minha paciência com os dois ou melhor com tudo que está acontecendo.

Continua...