[Celular da S/n]
S/n novamente estava perdida em pensamentos dentro da sala de aula. Kara e Lena tentavam a todo custo fazer ela entrar na ideia do trabalho, mas automaticamente tudo lhe remetia Natasha, e a mesma fugia.
— Você tem até o fim do intervalo para se recuperar – Kara começou — Você errou? Ok, errou. Lena mesmo disse que Nat era extremamente apaixonada por você. Você tem tudo nas mãos pra pedir desculpas e está fugindo por medo.
— Óbvio que estou com medo – S/n assumiu, recebendo o olhar de todos os amigos sobre si — Eu tenho medo sim. Porque olha para aquela mesa – apontou para onde Natasha estava junto aos amigos — Ela nem olha pra mim.
— Isso é mentira porque o olhar dela está o tempo todo sobre você – Lena disse sorrindo, acenando pra Romanoff que retribuiu — Ela está magoada, S/n. A Natasha magoada é a pior pessoa do mundo, porque ela se fecha e ninguém consegue tirar ela daquele casulo. A Natasha magoada, nem olha para a pessoa. Você tem tudo a seu favor faça valer a pena.
Na outra mesa, Natasha disfarçadamente olhava o que acontecia.
— Você sabe disfarçar melhor, sabia? – Steve riu ao ver a amiga pular de susto, mostrando o dedo do meio na sequência — Fala com ela, Nat... Não vale a pena ficar nisso.
— Eu não, ela deve estar tendo algo muito sério com a Kara desde a festa, porque as duas não se desgrudaram mais.
Carol bufou. Estava cansada daquilo tudo.
— Cale a droga da sua boca, porque as duas não tem nada. Você tá tão focada em achar outra pessoa para S/n que ainda não percebeu que a Lena e a Kara estão de rolo – Riu — Quer tanto que a S/n tenha alguém porque assim você faz sua cabeça acostumar com o pensamento de que ela não te quer mais. É mais fácil superar uma paixão onde a outra pessoa tem a culpa, do que você.
Todos estavam chocados. Carol nunca se mostrava assim, ainda mais com essa sensatez.
— Se você quer superar ela, beleza, todos vamos te apoiar. Mas você não vai superar colocando a culpa exclusivamente nela, sendo que você teve culpa no cartório também.
Natasha abriu a boca para argumentar, mas Carol já havia se levantado, indo até metade do corredor enquanto esperava Wanda.
...
— Está todo mundo pronto pra apresentação? – A professora perguntou, ganhando a atenção de todos — O silêncio representa um sim, então vamos começar.
Todos os trios apresentavam seus textos, enquanto S/n mostrava-se cada vez mais ansiosa pelo seu. Sabia que não era uma boa idéia, mas as amigas lhe convenceram de que daria certo. E ela estava tentando acreditar.
— Lena, S/n e Kara, por favor – A professora pediu, mas Kara fez a frente antes de todas.
— Professora, gostaria de pedir que permitisse apenas a S/n ler o tal texto. Por motivos... pessoais.
Natasha sentiu seu coração acelerar ao ver S/n parar diante de todos, com um papel amassado em suas mãos trêmulas.
— O texto se chama 17 anos – Começou, respirando fundo pra ganhar um pouco de coragem — Aos 12 anos percebi que havia alguma coisa diferente comigo. Aos 14 anos tive minha primeira paixão adolescente, era uma garota – sorriu — Aos 15 anos dei meu primeiro beijo. Foi em uma garota. Ali eu percebi que já não era igual às outras e tentava me castigar por isso. Eu deveria ser igual à elas, não? – Tomou ar, encontrando os olhos das amigas focados em si, em um mudo desejo de sorte.
De relance, os seus se cruzaram aos de Natasha, percebendo os olhos verdes inundados de lágrimas.
— Aos 16 anos eu a conheci. Foi como ter a chance de não me sentir diferente novamente. Por lembrar o quanto seu sorriso iluminava as coisas, eu me sentia normal. Eu poderia ser normal gostando dela, não poderia? Aos 17 anos quando ela me notou, meu coração parecia ter voltado a sensação dos 15 anos, fazendo com que saudosamente agradecesse ao destino, porque sentia como se tivesse me preparado o suficiente para aguardar sua chegada. Mas eu falhei. E o gosto amargo em minha boca rendeu-me dias de ardência. Assim como o amor nos cura, ele também pode nos adoecer.
As lágrimas caiam silenciosamente dos olhos de S/n, que rapidamente saiu da sala em direção ao banheiro. Natasha escontrava-se com o rosto baixo, tentando em vão não revelar suas lágrimas.
Ambas estavam machucadas.
E não sabiam se conseguiriam se curar.
E com isso encerramos essa fic.
Vcs acharam que ia ter um final feliz? 😔✌🏻
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Spider.... Girl? | Natasha Romanoff/You
Romance[CONCLUÍDA] Como prenda do último ano, S/n é desafiada a beijar a garota mais bonita da escola. Natasha é beijada de surpresa por alguém vestido de spidergirl, sem imaginar que por trás da roupa estava a popular S/n S/s, sua paixão. Social Media