No dia seguinte a nossa chegada a casa, era fim de tarde quando uma comoção tomou conta da sala de estar onde ficava a maior televisão, todos concentravam suas atenções e assim que cheguei no sofá pude entender o motivo. Eles tinham conseguido desmontar a célula terrorista que iria fazer o ataque em Madrid, 2 haviam sido presos e 12 pessoas haviam morrido incluindo o marido de Nalla que assistia a cena sentada no sofá sem nem pestanejar. Ela não esboçou uma única emoção ao ver a foto do marido na tv e escutar o apresentador falar que ele havia sido abatido já que começou a atirar contra força tarefa.
Era uma cena muito louca de se ver a diante de mim, imagina vc ser casada com alguém essa pessoa ser morta e vc não esboçar uma única emoção, eu fico imaginando o tanto que ela deve ter sofrido nas mãos dele para chegar a esse ponto, e aí eu vejo o como temos sorte de vivermos em total liberdade e podermos escolher quem a gente ama , quem a gente quer ao nosso lado para construir uma vida, o quanto somos sortudas de não sermos obrigadas a nada e o quanto mulheres como a Nalla sofrem diariamente por uma cultura antiquada e totalmente machista, e mais uma vez no fundo mesmo depois de tudo que eu passei eu sabia que tinha tomado a decisão correta em ajuda-la.
Os rapazes celebraram afinal tinham motivos de sobra para comemorar, foi o trabalho feito aqui que ajudou a prevenir o que tinha tudo para ser um ataque com milhares de mortes em solo europeu que mataria gente de inúmeras nacionalidades, já que todos os alvos eram mega atrações turísticas da cidade, visitada por milhares diariamente e aquilo também aqueceu um pouquinho meu coração, estávamos na merda, sim, mas tínhamos ajudado a salvar vidas.
De lá para cá haviam se passado 4 dias, e o stress a cada dia que passava aumentava e todos estavam sem paciência, nós não nos comunicamos com ninguém durante todo esse tempo e os meninos literalmente estavam tendo que confiar na Hannah e em um ex militar que pelo que eu entendi tinha perdido uma das pernas e era ex líder de um esquadrão Delta, no Asher e na filha do maior traficante de armas do mundo. Era um trio no mínimo estranho por assim dizer, e nós não sabíamos como ia desenrolar a história entre eles.
Já era o fim do dia estávamos começando as nos sentar à mesa para jantar quando Ryan adentrou a sala, sempre um deles ficava monitorando as câmeras de segurança e Matt perceber a expressão dele foi quem falou.
- Tem um carro do lado de fora da casa, esperando abrir o portão não tenho visibilidade de quem estar no carro e a pessoa não desceu do carro, piscou o farol 5 vezes.
Hannah respirou aliviada e falou
- É o Noah abra porta Ryan.
- Vc tem certeza Hannah?
- Sim Matt.
Ryan saiu para abrir a porta, Hannah o acompanhou e pouco tempo depois vozes foram escutadas e eles adentraram a sala. Hannah estava acompanhada de um homem de seus 35 ou 38 anos no máximo, ele era extremamente atraente, alto, barba fechada, corpo super malhado e ele tinha um sorriso sedutor. Ele usava calça jeans e blusa de malha e por isso não dava para ver se tinha uma prótese ou não, e ele definitivamente não apresentava dificuldade alguma de locomoção, se esse fosse o tal do Noah, Jesus ele definitivamente era o amputado mais sarado e atraente que eu tinha visto na vida.
Ele se dirigiu ao Matt e apertou a mão dele e falou;
- Matt, é bom vê-lo.
- Digo o mesmo Noah, apesar de estar um pouco surpreso, não esperava vê-lo em ação ou que viesse a nosso encontro.
Era realmente o tal do Noah, Matt sempre foi direto, fazia parte de quem ele era, mas acredito que ele podia ter sido mais polido, e o que ele falou, foi ofensivo e deu para notar no olhar do Noah que incomodou, mas ele simplesmente deu um meio sorriso e falou.
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AMOR SEM FRONTEIRAS (REVISANDO...)
RomanceCamille Astor era a filha bastarda de um dos maiores milionários Americanos.A alta sociedade e a família do pai nunca aceitaram sua mãe, uma pobre imigrante francesa garçonete de um café em Upper East Side.O rolo dos seus pais foi breve mas, seu pai...