Como vcs me pediram escrevi metade do capitulo do ponto de vista do Josh pra deixar vcs felizes !!
Narrado pelo Josh
Eram 04h30 e dia manhã e eu não conseguia dormir, me levantei da cama cuidadosamente para não acorda-la, ela estava dormindo com um sorriso no rosto, e Deus como eu gostava da visão de vê-la sorrindo. A gente definitivamente havia caminhado um longo caminho.
Quando eu a conheci em abril do ano passado em Uganda, ela era bem calada, vc não a via nas rodas de fogueiras, ou se divertindo com a demais equipe medica, ela era completamente na dela.
A primeira vez que passamos algum tempo foi no dia que a levei com Alice na casa de um garoto com sarampo, e apesar de ser obrigado a ficar no carro era possível ver pela porta aberta da casa o cuidado com que ela cuidava e examinava a criança, na volta escutei a conversa dela e da Alice e elas mencionaram Bagdá e aquilo atiçou minha curiosidade, porque jamais imaginei alguém como ela no meio do inferno que é aquele lugar e ao fim da noite tive que matar minha curiosidade e perguntar e tamanha foi minha surpresa, assim como as demais pessoas do grupo quando ela contou que esteve não só no Iraque, como era uma sobrevivente ao ataque ao hospital de Mossul.
Eu posso viver 100 anos e nunca vou me esquecer do que vi naquele dia. Carros bombas se jogaram contra um hospital, sim pasmem, um hospital, e destruíram praticamente a enfermaria inteira, causando um estrago de proporções gigantescas. As imagens daquele dia são extremamente claras na minha mente, foi caos completo. Enfermeiras e médicos tentando evacuar o hospital, que começou a pegar fogo, por conta da explosão, carregavam pacientes nos braços, nas costas, da maneira que conseguissem para tentar salvar suas vidas, os feridos da explosão que sobreviveram muitos foram cuidados no chão da rua, ou na caçamba de veículos militares, gente corria por todos os lados, batendo nas portas vendo que casas possuíam luz para ligar alguns equipamentos e entrar com pacientes que desesperadamente necessitavam manter equipamentos ligados. Não me esqueço do médico desesperado que deu um soco na cara de um militar que tentava impedi-lo de entrar em uma área com fogo alto, para ir atrás de seus amigos. Foi um dos piores dias de trabalho da minha vida, mais de 80 pessoas haviam morrido, mas o número sem sombra de dúvidas poderia ser muito, mais muito maior se não fossem pela equipe da saúde que moveu céus e terras para salvar todo mundo.
Enquanto ela contava a versão dela dos fatos daquele dia terrível, era impossível não notar o quanto ela estava tocada e emocionada ao relembrar o dia, mas mesmo depois de tudo que ela passou lá, ela ainda manteve o voluntariado e isso provava algo: ela era muito mais forte e resiliente do que todos imaginavam. Pq as pessoas olhavam na, e viam alguém tímida, calada, sozinha, mas jamais imaginariam o quanto ela era forte, e isso foi algo que me fez olha lá com outros olhos.
Nos dias seguintes ao relato dela eu enchi o saco do Matt e ele me mostrou a ficha completa dela, eu sabia que ela era a filha rejeitada de um bilionário, mas não qualquer bilionário e sim Anthony Brad Astor, o Bambambã de Wall street. A cada parágrafo que eu lia a curiosidade só aumentava. Ela era um gênio com QI altíssimo que entrou 2 anos antes para a universidade aos 16 anos, ela era uma adolescente ainda quando começou a frequentar aulas avançadas em Columbia. Ela recebeu bolsa de estudos de todas as universidades Ivy leagues do pais, mas não aceitou pq o pai tinha dinheiro para pagar a faculdade dela e ela não iria tirar algo de quem realmente não tinha condições, esse era o tipo de pessoa que ela era, justa. Mas muitas coisas eram pesadas na ficha dela, o fato do bullying sofrido por ela por ser acima do peso, a rejeição dos Astor, e a mais dura de todas a morte da mãe dela a 2 anos atrás de problemas de coração razão pela qual ela escolheu cardiologia.
Daquele dia em diante eu meio que botei na minha cabeça que eu tinha que ser amigo dela, e assim foi, eu e Elsa nos aproximamos bastante dela, ela deu abertura, então ela saia com a gente, jantava conosco e quando menos esperei ela virou uma de nós, um membro do nosso grupo de amigos que chamamos de família. Nos 6 meses seguintes mantivemos contato com frequência, trocávamos mensagens de zap, vez ou outra ligávamos um para outro e em novembro nos vimos novamente quando fui dar treinamento pra swat em NY. Ela e Elsa se tornaram melhores amigas e diariamente se falavam, e a Elsa estava muito puta com toda a história de filha rejeitada e da maneira como a madrasta e as irmãs a tratavam, então ela tramou uma reviravolta para o baile anual dos Astor que angariaria fundos para Instituição de Jose Martins, e Camille que seria apenas mais uma convidada se tornou o centro das atenções de todos e Deus eu estava muito feliz por ela, estava radiante de felicidade por ela, porque ela finamente estava sendo enxergada pelo que era, uma mulher incrível e extraordinária.
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AMOR SEM FRONTEIRAS (REVISANDO...)
RomanceCamille Astor era a filha bastarda de um dos maiores milionários Americanos.A alta sociedade e a família do pai nunca aceitaram sua mãe, uma pobre imigrante francesa garçonete de um café em Upper East Side.O rolo dos seus pais foi breve mas, seu pai...