⁴ Aguas Passadas

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── Você já bebeu essa água há 10 minutos, por que ainda está segurando o copo? ── perguntou enquanto tragava o cigarro de maconha que estava em sua boca, afastando o mesmo para baforar a fumaça.

── Eu estou te observando. ── o menino sorriu de canto e colocou o copo em cima do frigobar. ── Maconha? Não tem algo mais forte? ── passou a mão em sua nuca enquanto perguntava, mantendo o seu sorriso.

── Tenho, Jun-ho. ── respondeu de um jeito simples e olhou através da janela, estava vestindo uma cueca box preta, ainda com o corpo suado por conta dos seus movimentos anteriores.

── E onde está? ── o garoto ainda estava sem as suas roupas, com um lençol em cima das pernas, havia conhecido o Namjoon na loja e como prometido, se encontraram na noite marcada.

── Se você quer, abra a gaveta, pegue uma amostra e se vista. ── apontou para a mesma e continuou observando a paisagem.

── Por que eu preciso me vestir, gatinho? ── deu um sorriso sugestivo e abriu a gaveta que ele mostrou, pegando um pequeno pacote transparente com um pó branco, observando que tinha outros pacotinhos com comprimidos. ── Isso aqui vai nos dá o suficiente para mais um round.

── Não, eu tô de boas, já pode ir. ── colocou o cigarro na boca novamente.

── Ir? Embora?

── Uhum, leve isso e vá.

── Mas são duas horas da manhã.

── Diga ao Jungkook que eu pedir para te levar.

── E quando vamos nos ver de novo?

── Quando quiser fazer isso, eu vejo se posso. ── soprou a fumaça pela janela.

── Bem, eu tenho o seu número, posso perguntar, não é? ── olhou para o menino.

── Pode. ── jogou a bituca do cigarro através da janela. ── Agora, se vista. ── ergueu o seu corpo e foi até o guarda-roupa, começando a escolher uma bermuda para tomar banho.

── Tá bem. ── levantou da cama e começou a vestir as suas roupas. ── Você tem certeza que não aguenta mais umazinha?

── É claro que eu aguento, eu só não quero. ── pegou uma cueca box, uma bermuda e a sua toalha, se encostando no móvel enquanto esperava ele se vestir.

── Por que está desperdiçando tudo isso e me tratando desse jeito? ── apontou para o seu próprio corpo.

── O que você queria? Flores e um beijinho de boa noite?

── É por causa daquele ômega? Ele não deixa você passar tempo com outras pessoas? ── vestiu o seu short e colocou a camiseta.

── Não mete ele nisso.

── Não pareceu gostar do que ele disse lá.

── Eu vou precisar repetir?

── Eu só quero uma resposta. ── ajeitou a sua camisa.

── Eu cuido dos meus assuntos, não ele.

── Então, por que eu estou indo embora?

── Você não vai gostar de saber a resposta.

── Mas eu quero. ── segurou o seu celular. ── Vai lá, eu aguento, bonitão. ── sorriu enquanto ajeitava os fios de cabelo caídos por cima da sua testa.

── Você fala mais do que faz, mas não se sinta menosprezado, são poucos os ômegas por quem eu me interesso em conversar depois da foda.

── E eu não sou um desses? Mesmo depois de todo aquele seu papinho lá na loja? ── ergueu a sobrancelha. ── Sabe? Eu podia ter levado uma advertência por estar conversando contigo, achei que valeria a pena, mas pelo visto, é só mais um idiota.

Baby GangstarOnde histórias criam vida. Descubra agora