¹ Vislumbre de Uma Noite

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[TRÊS MESES ANTES]

nota musical: Senpai - Shiki (Slowed + edit audio)

── Hoseok? Me atende! ── resmungava ao falar no telefone, ligando para o seu amigo, mas era difícil conseguir se concentrar ao ouvir o som alto que tocava na festa, junto com várias conversas misturadas, sentindo o cheiro de inúmeras bebidas, inclusive a que estava no copo em sua mão, porém, ao prestar muita atenção em seu aparelho celular, acabou esbarrando em uma pessoa. ── Oh, eu... Me desculpe. ── murmurou ao perceber que havia derrubado um pouco da bebida no chão.

── Que droga! Tenha mais cuidado! ── resmungou enquanto dava um passo para trás.

── Eu estou tendo cuidado, foi um acidente. ── ergueu as duas sobrancelhas e desligou a tela do celular, se convencendo de que o seu amigo estava ocupado em algum lugar.

── Você esbarrou em mim!

── E eu já disse que foi um acidente. Quanto estresse, já te disseram que esse nervosismo pode te matar?

── Eu vou matar é você!

── Vai? Sério?

── Você sabe com quem está falando?

── Oh, eu deveria ter medo? ── deu risada. ── O que você acha que vai fazer a respeito disso, estressadinho?

── Você não vai querer saber o que eu faço com um zé mané que não olha para onde anda.

── Ah, eu quero sim, o que você vai fazer comigo? ── levantou a cabeça, podendo analisar melhor o homem que estava ali, notando o seu porte físico atraente. ── Me ensinar a ter cuidado?

── E eu tenho cara de babá? ── encarou aquele garoto, não demorando a sentir o seu cheiro, o reconhecendo como sendo um ômega, um bem bonito, na concepção do alfa.

── E eu tenho cara de criança? ── separou os lábios com a pontinha da língua.

── Não, mas tem a cara de uma pessoa embriagada.

── Nossa, você até que é bonito, mas parece ser chato pra cacete, isso não te torna interessante, sabia?

── E quem disse que eu preciso ser interessante para você? ── cruzou os seus braços e deixou os mesmos na frente do seu peitoral.

── Você continua errando nas palavras, tente um pouco mais. ── sorriu de forma sarcástica ao balançar a cabeça minimamente no ritmo da música.

── E por que eu deveria tentar? Eu não quero nada contigo.

── Se não quisesse, já teria ido embora, então, por que ainda estamos tendo essa conversa entendiante pra caralho? ── apontou para o espaço livre, inclinando a cabeça enquanto aguardava alguma reação da sua parte, mas o menino não se retirou. ── Viu? Você quer.

── Você provavelmente bebeu demais, não deve estar pensando direito, eu estou aqui por pena.

── Eu não estou bêbado, acredite, precisa de muito mais que isso para me deixar minimamente tonto. ── franziu a sobrancelha. ── E eu não preciso da sua piedade, senhor bondoso. ── balançou a cabeça negativamente. ── O meu amigo sumiu e eu não quero ficar sozinho, só por isso, ainda estou falando com você, quero uma boa companhia.

── Se tem uma coisa que eu não sou, com certeza é "boa companhia".

── Você até que tentou ser misterioso, mas isso não soou tão interessante assim, me deixou desmotivado.

Baby GangstarOnde histórias criam vida. Descubra agora