CAPÍTULO 31

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Seus sifões brilhavam em suas cores vivas, fazendo um escudo em sua volta, mas era muito fraco.

— Fortaleçam ele. – falei. – Vocês não vão precisar dos seus poderes para matar nossos inimigos. Quero que usem suas espadas para decapitá-los no campo.

Minha fala os fez fazerem seus escudos escurecerem, entre diversas cores, ficando forte.

— Não quero ver seus rosto através desse escudo. FORTALEÇAM. – aumentei meu tom de voz.

Observei alguns conseguirem, mas grande maioria não. Já faziam horas que estávamos treinando, apenas com pausas para descansar o mínimo.

— Rhysand pediu para eu falar algo. – Azriel que estava olhando os socos de Nestha, as vezes a corrigindo, falou. Eu o olhei assentindo, dando espaço para ele falar. – Vamos para a Corte dos Pesadelos nessa madrugada. – anunciou.

Pelo resto da tarde até o pôr do sol, fiquei pensativa sobre essa notícia.

Ansiosa também devo dizer.

[...]

Solto as mãos de Azriel, tínhamos acabado de atravessar para a asa de vento, a luz do sol se pondo iluminava nossas peles dando um toque dourado a elas.

Suspiro cansada, andando até a entrada da varanda para entrar na casa de vento.

Adentrando no cômodo avisto Rhysand sentado com Morrigan tomando vinho, e Amren sentada no chão perto da mesa de centro olhando um livro de aparência antiga, com as folhas desgastadas.

Quando eu chego mais perto vejo que o livro está na língua do grego antigo, leio um trecho que fala sobre o surgimento da muralha, sua construção, sua origem.

— Porque está lendo sobre a muralha? – Niall que também entendia o que estava escrito, perguntou.

— Enquanto Feyre estava na primaveril, Tamlin acomodou feéricos de Hybern, ela ouviu que eles a querem derrubar. – falou ainda concentrada nas letras do livro, sua íris indo de um lado ao outro enquanto lia. – Estou vendo se isso é possível.

Ainda ouvindo o que ela falava me senta em uma poltrona posta ali.

Por conta de ter me sentado rápido demais, a minha visão oscilou. Meu irmão sentindo isso pela nossa ligação, desvia o olhar de Feyre que estava sentada no colo de Rhysand, me olhando.

Pelo meu campo de visão percebo encantador de sombras olhando em minha direção, com o cenho franzido, talvez pelo nosso laço também tenha percebido.

Nem mesmo consegui olhar nos olhos de meu irmão pela minha visão escurecida, só percebo ele levantando e andando em minha direção.

— Você se alimentou hoje? – pergunta assim que chega perto.

— Não, estava ocupada. – respondo com a voz lenta, em um sussurro. Sentia meu braço direito formigando, estava sentindo uma pequena dor mas era insuportável.

Nossa conversa chamou atenção dos demais, eles percebem minha situação.

Jogada na poltrona, com a cabeça para cima olhando para o teto e piscando levemente.

Corte de Esperanças e Cicatrizes •Hiatos•Onde histórias criam vida. Descubra agora