CAPÍTULO 27

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Lá estava eu novamente naquele acampamento, coisa que eu não gostava.

Depois de saber como os meninos eram tratados aqui não me era mais de agrado vir a esse lugar.

Estávamos aqui – Eu e Cassian – para treinar os illyrianos. Rhysand pediu para eu ajudar nisso por conta de ter sido general, além de que eu vou ter que os ensinar novos jeitos de lutar já que essa luta não será com qualquer um.

Como falei com o senhor da noite eu só faria isso com uma opção.

Eu poderia treinar as fêmeas Illyrianas e matar qualquer um que se opor a isso.

Meus sapatos de estavam sujos, o caminho até a arena demora obviamente menos que a vinda até alí.

Uma criança Illyriana passou correndo com seus amiguinhos, essa ação fez com que voasse a lama que havia no chão até minha calça.

— Aqui jaz uma calça linda. – resmunguei baixinho, mas mesmo assim Cassian ouviu.

Logo ele riu.

— Para de rir. – falei quando um soco em seu braço, ele foi para o lado com o impacto.

Ainda rindo.

Risso esse que morreu de seu rosto quando chegamos em frente ao ringue que havia ali no meio do acompanhamento.

— ORDEM. – gritou ele assim que ficamos de frente ao grupo treinando, uns no saco de pancada, outros aos socos assim como uns apenas fazendo flexões ou levantando pesos.

Quatro ou cinco estavam exercitando suas asas. Mas me surpreendi quando avistei três Illyrianas em meio a arena, mas ao invés de estarem treinando como a ordem dada por Rhysand falava, elas estavam limpando a bagunça dos porcos que treinavam.

As espadas que se chocavam não tinha mais som. Arena ficou em silêncio após o grito de Cassian.

— Eu quero apresentar alguém para vocês hoje. – meu amigo falou um tom mais alto. Tinha percebido que os soldados da corte noturna respeitavam Cassian, mesmo que lá no fundo tinha uma certa admiração por quem ele tinha se tornado. Mas minha benção afirmava que o ódio lhes sobressaia. – Essa é Ayra, já devem ter ouvido fofocas que ela vai me ajudar a treinar vocês, para aprenderem novas técnicas. – Cassian tinha tomado o papel de general dos exercícios da corte mais poderosa quando suas palavras eram faladas ao vento.

— Parece ser uma garota legal. – um homem de porte grande, musculoso murmurou.

Talvez nem todos os illyrianos fossem um caso perdido.

— Ah ele disse garota legal? – meu pensamento se tornou certo. – Acho que é melhor vadia mal, já foi bem comida hoje? Se quiser eu posso fazer isso. – o homem morto deu uma risada após sua fala, seus amigos fodidos de merda fizeram o mesmo.

Mas agora era a minha vez de rir.

Rir não, gargalhar.

E eu fiz isso sobre o corpo morto do illyriano que tinhas uma das orelhas faltando.

— Ele falou como se fosse um insulto. – dei um riso de deboche, minhas palavras seguiram junto com minha cabeça se levantando para olhar nos olhos de quem estava ao redor, seus olhos arregalados com a cena que ofereci. – Mas garotas legais são patéticas, viva as vadias. – limpei o pingo de sangue que voou até meu rosto, meu dedo foi em direção aos meus lábios. Coloquei ele em minha boca provando seu sangue, simplesmente horrível, sem poder algum para dar sabor.

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