CAPÍTULO 46

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Na primeira colherada seus olhos estavam em mim, possibilitando de eu ver quando eles brilharam em satisfação.

Deixando eu ver seu pomo de Adão subir e descer quando a engoliu, ouvi seu gemido de prazer por uma simples sopa.

Seus olhos observavam suas mãos cicatrizes envolvendo o colher como horas antes fazia o mesmo com meu pescoço.

O peito subindo e descendo em respirações vagas, comendo toda o sopa colher por colher em minutos.

Levava a colher prata até seus lábios perfeitamente desenhados e macios, mas nunca retirando seus olhos de mim, do meu corpo. De longe podia sentir seu cheiro prazeroso.

— Onde estamos? – questionei enquanto meus olhos sentavam o observando, do outro lado na bancada na cozinha. Vestindo apenas sua camisa com os braços cruzados no peito, escondendo minimamente os bicos duros de excitação.

— No meu chalé nas montanhas ao lado da cidade. – meu amor murmurou com rouquidão exalando na voz, os olhos nunca saindo de mim, do meu corpo.

Os meus acompanharam, fazendo o mesmo que os dele, observando seu peito nu enquanto usava apenas uma calça preta com os pés descalços.

O peitoral ainda tinha gotículas de água do banho que ele havia tomado, o cabelo preto molhado espalhado por sua testa, caindo levemente nos olhos.

Sua imagem era incrivelmente sexy.

Eu estava morrendo de tesão apenas com o olhar em seus olhos.

— Meu amor. – ele gemeu, de certo sentindo meu cheiro.

— Você tem a última parte de sua promessa a cumprir meu espião. – ronrono manhosa, eu conseguia sentir sua excitação aumentando com o tom da minha voz.

Sua língua passou pelos lábios após a última colher de sopa, deixando a colher descansar ao lado da tigela.

Ele caminhou até mim vagaroso, assim como um predador. Os olhos amêndoas brilhando com malícia, os cabelos espalhados em sua face dando um ar sexy. Minhas mãos já estavam em seu cabelo, a sua língua empurrando desesperadamente em minha boca, e quando quando respondi sua investida, ele soltou um grunhido animal, um beijo poderoso que sugou minha língua.

Senti, a cada vez que me sugava, pequenas agulhadas de prazer cutucando meu clitóris sensibilizado.

Mas não era ele que iria começar a comandar essa nossa aventura, começaria por mim.

— Sente-se novamente na cadeira Azriel. Eu não lembro de ter permitido que você levantasse de lá. – ordenei, a minha voz exalando sensualidade provocou arrepios por sua pele.

Ao passo que eu andava para frente ele ia para trás, eu avançando e ele recuando até estar sentado na cadeira novamente. Se encostando, e relaxando enquanto me olhava em sua frente.

Seus olhos queimando em cada parte do meu corpo.

— Irá comandar meu amor? – perguntou sugestivo, a pequena frase veio acompanhada de um gemido quando levei minhas mãos ao seu peito. O arranhando levemente, passando os dedos pelos meus chupões em seu pescoço.

— Apenas o começo, gosto quando você está no comando. Isso me excita. – murmurei perto da sua orelha redonda, diferente dos feéricos, dando um beijo castro logo abaixo.

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