Corte de Esperanças e Cicatrizes •Hiatos•

CAPÍTULO 09

Ainda estávamos na sala conversando.

Também já era bem tarde da noite, parece que foi ontem minha conversa com Rhysand mais cedo.

— Onde foi o Niall? – minha irmã quem perguntou, estava com a cabeça atolada no livro de feitiços.

— Na Corte Crepuscular. – falei.

— Lucien foi com ele. – Feyre falou, não estava perguntando, era óbvio que já sabia dessa informação.

Então apenas assenti.

Voltei minha atenção para os outros, quando notei uma movimentação.

— Feyre e eu vamos dormir. – Rhysand era quem estava levantando.

— Dormir sei. – Cassian falou risonho.

Não era nada engraçado, mas mesmo assim soltei uma risada em suspiro.

Com Feyre corada e Rhysand com um sorriso malicioso foram saindo da sala, eles voltariam para casa da cidade.

Os outros ficariam para não incomodar.

— Amanhã depois do almoço encontre Azriel e eu na arena de treino. – Cassian dirigiu uma palavra para mim saindo também pela porta.

Sabia que iríamos no acampamento illyriano.

Amren não demorou muito para sair também, sobrando Morrigan, Azriel e eu.

Pelo visto Morrigan seria a próxima a sair, já que levantou e agora me olhava atentamente.

— Você é bonita menina. – falou saindo porta a fora.

Eu não sabia se estava rindo por ela falar isso tão diretamente ou por me chamar de menina.

Acho que o engraçado era ela não ter a metade da minha idade e me chamar assim.

Ao olhar Azriel ele também estava com um sorrisinho no rosto.

— Vem eu te acompanho até seu quarto. – falou fazendo um gesto com a cabeça para o lado.

Assenti me levantando o acompanhando até a porta.

Depois de um tempo em silêncio já nos encontrávamos do corredor que tava caminho para os quartos.

— Como elas estão? – perguntei diminuindo a velocidade dos passos para conversarmos mais.

— Quem? – questionou confuso.

— As irmãs de Feyre, – Falei – não acho que é fácil ser arrancada de uma vida para ser posta em outra completamente diferente. – dei uma pausa, pensando – Como Feyre, mas claro que são situações diferentes.

Ele ficou um pouco em silêncio, absorvendo o meu ponto de vista, minhas palavras.

— Bem não seria a palavra adequada para falar. – falou por fim.

Assenti, resolvi perguntar o que estava curiosa desde que conversamos sobre esse assunto na reunião.

— Você tem uma parceira? – admito que estava interessado nele, ele me olhou.

— Sim, – falou com um sorriso – mas ela ainda não sabe.

— Como assim? – eu sinceramente fiquei confusa.

Ou fingir estar.

— Ela não descobriu que é minha parceira. – simplificou me olhando com aqueles olhos avelã.

Ele não podia estar mais errado.

Logo notei que tinhamos parado na frente da porta do meu quarto.