Corte de Esperanças e Cicatrizes •Hiatos•

CAPÍTULO 43

Os seus lábios macios encostados nos meus fazia luzes explorem em meu interior.

Os fogos aquecendo-me por dentro, suas mãos geladas dando choques em mim pelo contraste da minha temperatura corporal.

Elas desceram para minha cintura, me levando para cima de seu colo, me deixando de joelhos em suas coxas. Minhas mãos viajando para seu cabelo, dando leves abertos e para direcionar sua cabeça para onde queria.

Agarro seu lábio inferior entre os dentes, os puxando para trás. O larguei abrindo os olhos para olhar dentro do seu, o brilho que vi ali quase me tirou o fôlego. "Quase" por que os meus eram o espelhado do seu. Exalando o mesmo brilho, com tamanho amor, admiração e felicidade.

Um sorriso persistente se negava a sair do nosso rosto, doendo as bochechas, mas ele valia a pena.

— Eu necessito de sentir você Ayra. – meu espião sussurrou com a voz grave, a boca avermelhada pelo beijo e molhada por nossas salivas se movimentando por suas palavras. – mas se não quiser que isso seja agora tudo bem, eu posso esperar por você.

O olhava me admirar, me observando como nunca ninguém me observou. Como se eu fosse seu ar para respirar. Como se eu fosse sua estrela para desejar.

E isso me quebrou ao mesmo tempo em que me reconstruiu de milhões de formas, diversas vezes, ininterruptamente.

— Eu quero isso com você Azriel, agora. – eu olhei no fundo de seus olhos enquanto o falava, a voz em um sussurro baixo apenas para ele ouvir. Os dedos acariciando sua nuca, observei seus pelos se arrepiarem. Suas sombras dançando em nosso entorno soltas agora, deslizando livremente por nossos corpos colados, sentindo o calor um do outro.

Seus olhos me mostraram que ele também queria isso, mas mesmo assim ele falou.

— Se fazermos isso saiba que não tem volta, eu nunca mais vou deixar você ir. – falou com a seriedade intensa nas palavras. As mãos subindo por minhas costas até minha nuca, puxando meus cabelos assim como eu fazia com ele enquanto nós beijava, inclinando minha cabeça para trás. Lhe dando livre acesso a ele, aproximando seus lábios. – Eu vou adorar seu corpo com carinho, ama-lo como ele merece. – um leve beijo abaixo do meu ouvido, me fazendo arrepiar e gemer quando ele lambeu. – E então eu vou foder você, até se esquecer seu nome, até a única coisa que seus lábios saberão pronunciar será meu nome para pedir por mais. – sua boca subiu para sussurrar em meu ouvido, mordendo meu lóbulo. – E por fim eu vou beijar seus lábios até lhe faltar ar em seus pulmões, e dizer que te amo com toda a minha existência.

Eu estava perdido na sensação que sua boca me fornecia, sua adoração em cada palavra direcionada a mim em completo êxtase.

Minha única resposta foi avançar em seus lábios, desesperada para senti-lo por inteiro.

Suas mãos seguravam minha cintura com firmeza, e nossos lábios se encontraram. Sua boca explorou cada pedacinho da minha, tornando nossa ligação ainda mais intensa, e seus dedos deslizaram pela minha coluna, coberta pelo tecido fazendo-me sentir calafrios.

As minhas começaram a explorar os botões do traje de treinamento. Demorou um pouco para ele ficar totalmente despido, mas valeu o desespero de ter sua pele colada na minha.

— Os braços. – o ordenei simples separando nossos lábios por breves segundos, sabendo que ele me entenderia facilmente.

Estávamos inexplicavelmente ligados, de corpo e alma.