CAPÍTULO 37

667 86 8
                                    

A luz ofuscante e o calor sufocante com os gritos e estrondos ressoantes pelo metal contra metal chegou aos meus ouvidos quando a névoa escuro do poder de Rhysand se dissipou.

As águas da baía estavam vermelhas.

Fumaça em retorcidas colunas negras se elevava de construções e navios naufragando.

Pessoas gritavam, soltados berravam...

Muitos.

Não tinha previsto a quantidade de soldados existentes. De cada lado.

Com as ordens de Cassian os illyrianos se lançaram aos céus acima da cidade e do porto, disparando poder e flechas contra o exército hyberniano que descia o inferno sobre a cidade. Navio após navio se posicionava no horizonte, delineando cada entrada para a baía.

Mesmo já sabendo ainda assim me decepcionei quando percebi que nenhuma das outras Cortes veio ajudar, mas nem isso foi capaz de me tirar do torpor quando meus olhos caiem sobre as enormes fileiras e fileiras de demônios, nos céus e terra.

Um outro olhar para o mar vejo frotas de navios hybernianos se aproximando da costa.

E adiante deles, forçando contra a frota... as fileiras illyrianas. Prontos para enfrentar soldados armados com lanças e arcos e espadas.

Os machos alados planando pelos ares cintilavam de acordo com seus sifões, e assim como eu ordenei que fizessem em meus treinamentos eles cortaram as cabeças dos demônios assim que se chocam contra eles.

Tendo uma visão mesmo pouco ampla desenvolvo um plano em minha cabeça, tinha muito mais demônios do que eu tinha previsto, mesmo eu tendo treinado os Illyrianos tínhamos poucos soldados para combater tantos imaculados.

Com o plano traçado em mente eu me lanço entres as ruas de Adriata, – não sem antes mandar pela ligação com Niall o que tinha em mente. – cortando cabeças com a espada em uma mão, e arrancando corações com outra.

Você e sua mania de planos suicidas. – recebo em resposta de Niall. – Sabe que ela pode não atender seu chamado, né?

Sei, – respondi. – mas estou contando com o contrário.

Correndo em meio aos inimigos acabei chegando no centro de Adriata, onde a batalha eclodia. Membros sendo decapitados, sangue jorrando dos mesmo e manchando quem estava perto. Em poucos minutos eu já estava banhada de sangue, dos pés a cabeça.

Um feérico passou por mim com o uniforme dos soldados de Hybern, eu apenas vi de relance seus cabelos azulados antes da lâmina passar com facilidade por seu pescoço, arrancando a cabeça do resto do corpo.

O corpo tombou no chão, se juntando aos restos dos corpos de caiam, tantos nossos soldados quanto dos nossos inimigos.

Em algum momento da luta, Lucien chegou até mim, batalhando ao meu lado.

Seus cabelos de fogo grudados pelo sangue dos inimigos, por baixo do capuz avistei meu irmão mais a frente. Mesmo lutando com mais de três machos ao mesmo tempo ainda tinha um olho atento em seu parceiro, mesmo sabendo que Lucien era perfeitamente capaz de cuidar de si, meu irmão olhava com atenção para o ruivo.

Corte de Esperanças e Cicatrizes •Hiatos•Onde histórias criam vida. Descubra agora