꧁𝐈. 𝐈𝐈𝐈꧂

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Meses atrás do ocorrido

No dia seguinte acordo com o alarme tocando as 6:00 horas da manhã, é o horário que eu acordo e me arrumo para ir para escola. Ainda com o corpo um pouco dolorido, me sento na cama e decido se vou ou não para escola, me convencendo que estou me levantando para enfrentar um belo novo dia, e decido.

Eu não irei hoje. Mas ainda assim buscarei algo novo hoje, sim, eu ainda acredito que as coisas irão mudar.

Mas para não deixar na cara que eu faltaria hoje, me arrumo e pego a minha mochila, enquanto desço as escadas meu padrasto tomava café da manhã. Ele era um dos chefes de um departamento de polícia da minha cidade, então ele ia cedo e voltava tarde.

Pego minha bicicleta e meu fone e saio de casa, na madrugada fria pelas ruas desvio do caminho da escola e vou para um lugar que basicamente só eu conhecia, era um lugar vazio e frio, era como eu me sentia por dentro.

Chegando no lugar paro minha bicicleta na frente e coloco algumas tralhas por cima para escondê-la, era um lugar abandonado, parecia mais com um mini prédio. Entro e subo algumas escadas até chegar em um andar que não tinha paredes para o lado de fora, coloco minha mochila escorada em uma coluna e fico sentado na beirada balançando minhas pernas para o lado de fora e pensando.

— E se eu me jogasse ?... — Sussurro olhando para baixo e escorando minha cabeça na coluna ao meu lado.

Fecho os meus olhos e retiro do bolso do meu casaco uma corrente dourada com uma cruz pequena. Começo a olhá-la com um olhar de angústia e tristeza após ver o nome escrito atrás dela.

— Sinto tanto a sua falta...

Anos atrás

DAVI - 12 ANOS

— Mãe me diz o que está acontecendo...

— Não é nada demais meu amor...

— O que ele te fez ?

— Não se preocupe, quando eu resolver tudo isso estaremos em um lugar bem longe daqui.

— Eu prometo !

— Não adianta você tentar esconder isso de mim mãe...

— Eu sou seu filho, eu sei quando você tá ou não está bem e aliás, eu já estou bem grandinho !

— Oh meu amor...

— Você tem razão, você já é grandinho.

— Mas para sempre você vai ser minha doce criança... — Me dizia enquanto dava um selinho na minha testa, se abaixando enquanto eu segurava o seu braço.

— Agora a mãe precisa ir...

— Você promete pra mim que você vai voltar ?

— Eu prometo que volto logo...

— E quando eu voltar, tudo estará resolvido !

— Tá bom Mãe... Toma cuidado ! — Falo enquanto segurava suas mãos.

— Vou tomar... — Aperta minha mão e depois saí pela porta meio nervosa, me deixando ali sozinho no meio da sala.

Ela entra com pressa no carro, pela janela da sala observo ela sair com uma das minhas mãos escoradas no vidro. Depois que ela sai me sento no sofá contando as horas passar até o momento que ela vai voltar, fico pensando em várias maneiras de como nossa vida poderia ter sido diferente.

Se eu pelo menos tivesse conhecido meu pai verdadeiro, algo teria sido diferente ? Ela nunca me falou nada sobre ele.

Sempre foi só nós dois, até ela conhecer meu padrasto e começarmos a morarmos juntos.

Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora