Prólogo

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NOTA DA AUTORA
Oioioi, gente! como vão? Espero que todos bem.
Aqui é a Gabi e vou dar um pequeno spoiler da estória como sempre faço. É uma fic bem dinâmica, com contexto de fantasia/medieval/abo, vai ter flashbacks pra vocês entenderem as coisas e todo um mundo a ser construído. Ah, aqui ômegas usam vestido também. É isso, espero que gostem e que mergulhem na estória junto comigo. ♥ Boa leitura, pessoal. ♥
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— Ele está fugindo! — Eren conseguiu ouvir ao longe os gritos misturados a trotadas de cavalos, muitos deles.

Horror, medo e o mais puro desespero o açoitavam continuamente, assim como uma das tempestades mais fortes que o ômega já havia testemunhado na vida. Há quanto tempo estava correndo não sabia dizer, mas apenas continuou pelo que pareceram horas. O frio entrava em seus ossos, assim como a água da chuva impiedosamente molhava sua capa e suas roupas.

Seu peito subia e descia rapidamente, totalmente ofegante, mesmo que estivesse correndo em cima do seu cavalo, galopando com rapidez entre as árvores da floresta densa e sentindo os pingos grossos e gelados de chuva baterem contra seu rosto.

Suas mãos tremiam a cada vez que balançava as rédeas, querendo desesperadamente que seu cavalo fosse o mais rápido possível. Apesar de usar uma capa com capuz, sentia seu cabelo e suas vestes ficarem encharcados pouco a pouco. Não demoraria para as roupas ficarem pesadas.

Olhou para trás momentaneamente, vendo apenas os vultos dos soldados ainda o perseguindo ao longe aos gritos. Seu coração estava apertado e as lágrimas de desespero embaçavam sua visão.

Batendo as rédeas com força, Eren se perguntou como as coisas haviam chegado naquele ponto, como se a culpa fosse sua por algo que ele simplesmente não teve ciência do que e como aconteceu.

O caminho estava escuro, poças de lama se formavam na grama e as árvores grandes pareciam assustadoras a cada relâmpago e trovão que rasgava o céu. Os gritos dos soldados ficavam mais distantes à medida em que adentrava mais ainda a floresta. Não sabia para onde estava indo, mas sabia que tinha que fugir com toda sua garra e vontade, caso contrário seria preso e, consequentemente, morto.

Só o pensamento fez um nó aparecer na sua garganta, quase sufocando-o.

Não conseguia enxergar um palmo à sua frente, só havia mato e mais mato por todos os lados. O caminho se tornava mais difícil de passar cada vez que adentrava mais o meio das árvores e não sabia o que faria quando chegasse a alguma estrada e temia que os soldados o alcançassem, afinal, ele não tinha habilidade alguma com toda aquela escuridão como eles tinham; pensar nisso o fez notar que ficou com mais medo daquela possibilidade do que da escuridão que o cercava. Com todo aquele breu, seria fácil cair em uma vala, ou um buraco mais profundo, talvez até alguma armadilha para animais grandes. Isso fez seu coração acelerar mais ainda.

Seu cérebro raciocinou rápido, esperto como era e tendo lido aquilo em alguns livros, puxou as rédeas do cavalo branco que estava montado e o obrigou a parar momentaneamente. Com um pulo, desceu dele, o corpo tremendo pela tempestade, pelo frio e pelo medo, os olhos verdes quase brilhavam em toda aquela escuridão enquanto tentava enxergar algo entre os arbustos, em vão. Fechou como pôde a capa que usava e afagou o rosto do animal mais uma vez, sentindo mais lágrimas virem, pois montava nele há anos e não queria ter que tomar aquela decisão, mas era a única forma de escaparem vivos e com segurança.

— Me perdoa, eu não queria... — mordeu o próprio lábio enquanto ergueu a mão, deixando um tapa na parte traseira do cavalo, vendo-o começar a correr pelo susto para o meio das árvores, sumindo de sua visão rapidamente.

NOS TEUS BRAÇOS - OMEGAVERSE (ERERI - RIREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora