Biblioteca

281 37 2
                                    


Dormir para Eren aquela noite foi complicado, a voz do príncipe alfa e seus questionamentos martelavam na sua cabeça sempre que tentava fechar os olhos, os pesadelos da noite da tempestade ainda o perturbavam e tudo o que ocorreu consigo também. Quando conseguiu tirar um cochilo, os raios de sol entraram em sua janela e bateram contra seus olhos, fazendo com que os abrisse a contra gosto.

A cama era macia e os cobertores quentinhos já estavam tomados pelo seu cheiro de mel, assim como todo o quarto. A vista dele iluminado por poucos raios de sol era bonita e a brisa gostosa que entrava fez seus pêlos arrepiarem.

Se sentou na beira da cama quando bocejou, um braço se esticando acima da cabeça enquanto o outro coçava os olhos bonitos. Acariciou a barriga em seguida com um sorriso pequeno, se levantando para ir ao banheiro.

No dia anterior após o jantar, Christa havia levado algumas coisas para auxiliá-lo na nova moradia. Por muito Eren pensou em ir embora no dia seguinte, mas primeiro precisava conhecer o reino e arquitetar algum lugar para ir, enquanto isso juntaria o dinheiro que ganharia ao trabalhar ali. Christa disse que não era muito, mas que dava para sobreviver, principalmente com a crise que o reino passava. A última informação deixou Eren curioso, que não perguntou nada sobre, mas anotou mentalmente. Iria observar isso.

Christa disse que aquela parte do palácio era destinada aos súditos, então Eren poderia se mover sem preocupação. A cozinha dos empregados era separada da cozinha real por apenas uma porta, e lá faziam suas refeições quando não estavam realizando suas tarefas. Ao que a ômega havia dito também, ela era encarregada por tudo que envolvesse a família real: seja em quesito vestimentas, limpeza de cômodos, levar comida caso necessário, auxiliar no que fosse preciso e solicitado; Eren iria ajudá-la nesse tempo, além de tarefas mais simples devido a gravidez.

Se levantou enquanto tirava o vestido pelas mangas compridas, deixando com que caísse livremente pelo seu corpo até o chão, caminhando até o banheiro em seguida.

Ao mesmo tempo que tomava banho e se vestia com um dos vestidos branco e azul que Christa havia lhe trazidos e penteava os cabelos bonitos, Eren nem viu quando sua mente o arrebatou para sua antiga rotina.

— Vamos levantar, dorminhoco — a voz de Falco e seu cheiro de avelã denunciavam quem havia acabado de entrar. — Vim fazer uma visita.

— Tão cedo assim? — Eren coçou o olho e se espreguiçou, bocejando em seguida. — O que faz aqui?

— Ver como o senhor está, o que mais? — ele sorriu, estendendo uma roupa para Eren, que ainda vestia o seu vestido de dormir. — Voltei de viagem ontem.

— Hum, é mesmo? — os olhos verdes brilharam, fazendo Falco sorrir.

— Sim, mas não foi nada muito grande dessa vez... fui até a região sul.

— Nunca fui até lá, como é?

— A cidade principal é enorme, mas ainda há muitos camponeses.

— E como você é um excelente melhor amigo, deduzo que trouxe um presente para mim — Eren sorriu, caminhando até o banheiro e se livrando da roupa que vestia no caminho.

— Eu sempre trago, você sabe. Dessa vez não foi nenhum livro ou alguma bugiganga.

— Hum, é mesmo? — Eren respondeu do cômodo, não demorando para sair com a roupa que o amigo havia estendido, as costas abertas para que fosse auxiliado. — Me ajuda?

— Claro. Trançado como sempre e laço no fim?

— Sim. Adoro os seus laços, precisa me ensinar um dia.

NOS TEUS BRAÇOS - OMEGAVERSE (ERERI - RIREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora