NOS TEUS BRAÇOS - OMEGAVERSE (ERERI - RIREN)

Chuva

— Onde estamos indo? — Eren perguntou assim que foi retirado da cozinha, sendo guiado pelos dois irmãos pelos corredores longos.

— Até a mamãe — Mikasa respondeu simplista, tentando não cheirar muito, pois o cheiro doce de Eren estava deixando um rastro gigante por onde passava. Ela notou o irmão inquieto ao seu lado, inclusive.

— A rainha? — questionou, vendo Levi se virar para encará-lo com as pupilas dilatadas, Eren não soube o motivo de sentir um arrepio percorrer desde sua nuca até seu quadril, um choque gostoso percorrendo da cintura para baixo, retorcendo suas entranhas em algo nunca antes sentido. De repente, ali estava muito quente.

— Sim — respondeu Levi, ainda sustentando o olhar sobre o garoto, os olhos afiados descendo lenta e discretamente pelo corpo dele, Eren notou e olhou para frente se perguntando o que estava acontecendo. — Precisamos saber o que aconteceu com você.

Eren suspirou, cansado de todo aquele mistério. Todos pareciam preocupados, mas ninguém realmente explicava o que estava acontecendo consigo. Sua magia havia despertado, mas e agora? Ele realmente não fez nada e, se fez, foi sem saber de absolutamente nada. A única vez que fez algo foi quando Erwin colocou sua mão sobre a dele e magia transbordou de dentro de si em algo completamente novo, mas a forma com que fluiu o deixou genuinamente feliz. Como ele havia feito aquilo não sabia dizer, mas sentiu cada pedacinho do seu corpo se movendo e queimando ao ver a pequena magia sem forma e dourada na palma da sua mão

— Como souberam que eu usei magia quando nem eu mesmo sabia? — perguntou, cruzando os braços.

— Mikasa nasceu com um dom sensorial, ela consegue sentir magia nas pessoas e diferenciá-las, é a única no reino capaz disso — Levi explicou. — Ela sentiu a sua momentos atrás assim que nos recolhemos.

— Mas você estava na biblioteca, não é? — Mikasa comentou, se virando para o irmão. — Seu segundo aposento.

— Eu tenho muito o que fazer, bem diferente de você — Levi revirou os olhos.

— Eu também tenho, mas aproveito a minha vida, sabe — ela deu de ombros com um ar brincalhão. — Por isso ainda não sucumbi ao mau humor.

— Você estava na biblioteca? — Eren se virou para Levi e tombou a cabeça. — Estava trabalhando sozinho?

— Sim, estava fazendo alguns levantamentos — explicou o príncipe, vendo o ômega revirar os olhos e bufar. — Você já tinha parado com suas obrigações.

— Mas eu disse que te ajudaria, não disse? — Eren arqueou as sobrancelhas.

— Você precisa descansar — Levi retrucou.

— Eu não estou cansado — o ômega cruzou os braços, batendo as botas pequenas no chão bonito.

— Aposto que seus pés parecem dois pãezinhos agora por dentro dessas botas.

— O quê?! — Eren sentiu o rosto corar. — O que os meus pãezinhos têm a ver com isso?

— Que você está andando por aí por mais tempo que deve, então depois que conversarmos, vá direto pro seu quarto.

— Oh, agora eu tenho uma babá e não sabia — Eren revirou os olhos, sendo sarcástico. — Qual o seu próximo passo depois de ter roubado a enxada de Connie? Roubar as rédeas que Jean tem nos estábulos?

— Não me parece uma má ideia — o alfa estreitou os olhos, mas Eren não se sentiu nem um pouco abalado. — Sem trabalho pesado até o curandeiro ou os magos falarem que está tudo bem com você.