Rafaella se viu livre de mais um dia cansativo de trabalho, ela gostava de ver como a editora crescia mais a cada dia, mas isso também era cansativo e exigia trabalho dobrado da loira. Apesar de não ter amigos no ambiente de trabalho, Rafaella se relacionava bem com suas duas únicas amigas fora dali. Manu e Mari foram as primeiras a apoiarem a loira assim que ela chegou em NY, o casal a ajudou em muitos momentos e estão ao seu lado até hoje.
- Miguel, fecha tudo e avise a Bianca para não estragar tudo no almoço com o meu futuro autor.
- Sim senhora. - Miguel respondeu em um tom firme, mas logo revirou os olhos arrancando uma risada baixa de Lauren.
- Víbora, eu não sei como a Bia aguenta tanto tempo perto dessa mulher. - Lauren bufou terminando de arrumar sua bolsa.
- Eu ainda tenho esperança que essa mulher tem um coração. - Miguel apagou algumas luzes começando a fechar a editora.
...
Rafaella estacionou o carro em frente ao local onde tinha combinado de encontrar suas amigas, desceu ajeitando seu vestido e sua bolsa em um dos braços, logo pôde avista-las em uma mesa afastada e se aproximou cumprimentando as mesmas, a música ecoava baixa, o que deixava o ambiente muito confortável.
- Sua roupa está linda, mas a sua cara Rafa, não está nadinha. - Manu disse sorrindo para a amiga com o seu humor invejável.
- Amor, não brinque antes de saber qual é o humor dela no momento. - Mari abriu um sorriso provocante o que fez Rafaella bufar.
- Já não basta os meus funcionários me odiarem, agora vocês com isso? Eu preciso de uma bebida. - Rafaella chamou atenção de um garçom e logo pediu algumas doses de tequila, ainda era segunda-feira o que não importava nada para a loira, já que seu dia tinha sido puxado e ela precisava daquilo.
Suas amigas a acompanharam já que também trabalhavam para si, e não precisariam acordar cedo no outro dia.
- Você precisa tratar melhor eles Rafa, não precisa ser com eles como seu pai era com você. - Manu colocou a mão sobre a da amiga afim de reconforta-la.
- Foi através desse jeito dele que eu me tornei quem sou hoje, construi uma editora de respeito, e eles já me chamam de víbora, não tem como piorar. - Rafaella acabou sorrindo e consequentemente suas amigas também, ela parecia outra pessoa fora da editora, achava que se fosse firme com seu pessoal, eles dariam o melhor de si e cresceriam assim como ela.
Antes de se mudar para Nova York, Rafaella trabalhava para seu pai em uma editora pequena do Canadá, mas ele insistia em controlar a sua vida, o que a fez ir embora e começar um império do zero. Mariana e Manoela sabiam de exatamente tudo da vida da loira, elas se conheceram em um bar quando Rafaella ainda não era nada, acompanharam todo seu processo de evolução e crescimento, sendo assim a loira não confiava em mais ninguém a não ser nas duas.
- Acho que esse mal humor é falta de sexo. - Manu disse um pouco alterada pelo fato de já terem bebido quase uma garrafa de tequila.
- Olha nós, somos sempre felizes porque transamos muito. - Mari beijou o canto da boca da esposa enquanto Rafaella revirava os olhos.
- Vocês são casadas, não podem comparar a minha vida sexual com a de vocês, e fiquem sabendo que eu transo com quem eu quiser, quando eu quiser. - A loira disse aquilo em um tom mais alto tentando convencer até a si mesma da mentira que contava. A verdade é que depois do fim do seu último relacionamento fracassado, ela não pensava mais em se relacionar tão cedo.
Rafaella estava jogada em sua cama enorme se recusando a atender seu celular que tocava sem parar, ela podia jurar que ainda estava cedo por mais que estivesse confusa por conta da ressaca, à noite com as amigas tinha sido ótima o que a fez esquecer completamente do trabalho.
A loira pegou o celular depois de muito tempo relutando, vendo o nome de sua assistente na tela e logo atendeu bufando.
- Bianca, eu espero que você tenho um ótimo motivo para estar me ligando de madrugada quando eu te disse que não iria ao trabalho. - Rafaella disse um tanto quando rude pelo mal humor.
Bianca bufou do outro lado da ligação, mas com certa distância para que Rafaella não pudesse ouvir, os pensamentos de como matar sua chefe eram constantes na mente da morena.
- Já são onze da manhã senhorita Kalimann, e aquele homem, George está aqui com um oficial de justiça e disse que não sairá até você chegar. - Bianca disse rápido tentando não incomodar mais a sua chefe.
- Eu vou acabar logo com isso, diga a esse audacioso que espere na minha sala. - A loira terminou a ligação antes mesmo de Bianca responder. Tratou logo de ir tomar um banho para afastar a ressaca que pairava em seu corpo.
Rafaella entrou na editora batendo seus saltos e com o humor pior do que todos os outros dias, ela detestava ser acordada e aquele homem já tinha tirado todo o resto da sua paciência. A loira passou por todos como uma bala e entrou em sua sala vendo os dois homens e Bianca. Se sentou atrás da grande mesa de vidro encarando os mesmos.
- Bom, se me dão licença eu vou indo. - Bianca saiu da sala o mais rápido que pôde, ela estava nervosa por ter que almoçar com um autor importante, e aguentar o mal humor de Rafaella não iria ajudá-la.
- Estou aqui senhor George, pode começar. - Rafaella forçou um sorriso entrelaçando as mãos sobre a mesa.
- Pude ver que o tempo da senhorita é valioso então vamos direto ao ponto, eu sou agente de imigração dos Estados Unidos, e fui informado que o seu visto de trabalho foi violado, então como a senhorita não tem um cônjuge ou parentes, devo lhe informar que você tem um mês para voltar ao Canadá ou será deportada. - Rafaella nesse momento estava boquiaberta com aquele tanto de informação, como assim isso era possível? Como ela não prestou atenção nisso antes?
- Isso não é possível, deve ter algo errado. - A loira desfez sua expressão de raiva dando lugar a confusão.
- Eu mesmo a ajudarei com a sua volta para o Canadá, nos vemos daqui a uma semana senhorita Kalimann. - O homem se levantou sendo seguido pelo outro, logo saíram da sala o que fez Rafaella aumentar o seu desespero.
Sua cabeça estava uma confusão, ela perderia tudo o que construiu? Por mais que fosse puxado e muito cansativo, ela amava demais o seu trabalho, mas não teria como se casar, nem uma pessoa fixa ela tinha.
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Se tiver algum erro, me gritem.
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A PROPOSTA
FanfictionRafaella Kalimann é uma poderosa dona de uma editora norte-americana, forte, dura, incisiva, adora criar um clima de terror sobre seus funcionários. Depois de saber que está prestes a ser deportada de volta para o Canadá, por ter violado os termos d...