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"Hey, Lord, You know I'm tired"

Narrando :                5 meses depois.

Nesse exato momento Alyssa se encarava no espelho, talvez esperando que algo mude, mas o quê exatamente?

Talvez ela esteja tanto tempo negando para si mesma que nada aconteceu, que nada irá acontecer, mas ela sente vindo e parece que dessa vez irá dá um ponto final. Mesmo depois de meses, ela ainda continua aqui, esperando por ele. Dessa vez ela só não parou completamente sua vida por ele, mas sim pelos problemas em casa, pois sua mãe continuava a mesma, e ainda pior. Ela já levou diversos homens para casa enquanto Patrick trabalhava, e às vezes com Alyssa em casa, mas sempre quando ela estava dormindo.

Patrick sempre soube, mas nunca pôde ir e não era pela Joyce, ele já sabia que ela só queria seu dinheiro, mas era por Alyssa. Alyssa se tornou alguém importante para Patrick, por mais que no começo ela odiasse ele, ele a compreendeu e deu o tempo necessário para ela poder ver quem ele realmente era. E Alyssa aprendeu a gostar e confiar nele, mas obviamente isso nunca irá mudar a saúde que ela sente do pai, mas ainda sim é a única pessoa que ela se sente segura.


Joyce simplesmente abandonou Alyssa com Patrick, ela nunca realmente quis Alyssa, foi por dinheiro. Talvez seja por isso que Alyssa sempre teve a sensação de desprezo e rejeição vindo da mãe, mas ela sempre tentou ignorar isso e seu pai também dizia ao contrário. "Sua mãe te ama, ela apenas só trabalha demais e não tem tempo, docinho" e então ela acreditava.

— Alyssa :

Dois dias antes :

Estava tomando café dá manhã enquanto mexia no celular, todos estavam na mesa essa manhã.


Joyce — Será que poderia largar o celular? — olhei pra ela e desliguei — Diretor me ligou ontem, e não me falou coisas boas sobre você.

— E desde quando você liga pra isso?

Joyce — Eu sou sua mãe, eu me importo com coisas relacionadas a você.

— Hurun — peguei o celular novamente e ouvir ela respirar fundo.

Joyce — Patrick, fala com ela — olhou pra ele — Já que você é o único que ela escuta aqui.

Patrick — Joyce... — olhou pra ela e logo pra mim.

— Tudo bem — joguei o celular na mesa e olhei pra ela sorrindo — O que ele falou sobre mim?

Joyce — Disse que não está participando de todas as aulas, suas notas não estão as melhores e anda arrumando muita briga.

— E o que você quer que eu fale a respeito disso? Pois mentira não é. Talvez você já tenha se perguntado o porquê disso?

Joyce — Claro que já, e a resposta é mais fútil — me olhou — Aquele garoto idiota.

— Ah então você acha que é por ele? — eu ri — Queria eu ter apenas isso na cabeça, mas não tenho!

Joyce — Vai falar o quanto difícil sua vida é? Ficar no quarto o dia todo, reclamar de tudo, nunca ficar feliz o bastante com nada ?

— Você é estúpida! — disse levantando e indo até a pia.

Ela ficou em silêncio, o que eu achei bem estranho pois ela sempre debate, mas obviamente comemorei cedo demais. Ela se levanta e vem até ao meu lado, me encara por uns segundos e logo pergunta:

Joyce — Repete.

— Não é mais fácil me bater logo? — sorri e assim ela fez, senti meu rosto arder e Patrick se levantar rapidamente.

Patrick — Tá ficando louca?!?! — puxou Joyce.

Joyce — ELA PENSA QUE PODE FALAR DO JEITO QUE QUISER COMIGO, MAS NÃO PODE!!! — disse gritando, assustando Ginny — SOU SUA MÃE AINDA, VAGABUNDA.

Ginny — Mãe para!! — disse para Joyce.

Joyce — Não sou sua mãe!! — olhou pra ela e logo percebeu o que havia dito.

Patrick — Filha sobe! — disse para Ginny, que subiu correndo para o quarto — Isso já passou do limite, Joyce — Disse indo até ela — Eu tentei, realmente tentei permanecer aqui, mas nunca foi por você.

Joyce — Pelo amor, cansou? Vai embora!

Patrick — Eu vou. Mas ela vem junto — disse olhando para mim, e logo Joyce riu.

Joyce — Ela não é sua filha! Ela fica!

Patrick — Você é doente, Joyce. Você não ama ninguém, você só quer o que os outros tem a oferecer, mas assim que acaba, você as trata como lixo.

— Tudo bem, Patrick — ele me olhou — Eu não quero problemas para você.

Joyce — Você trata ela como se fosse um anjo, mas é para libertar seus demônios? Então vamos! De onde conhece a Lauren?

— Ela é mãe de uma amiga.

Joyce — Acha que sou idiota? Eu sei muito bem quem ela é — disse se aproximando — De onde conhece ela?

— Se sabe tão bem, por que ainda pergunta?

Joyce — Anda se drogando de novo? Tá ficando exatamente como seu pai, um drogado de merda, que no fim, não vale nada além de um rim fudido.

— Não fala do meu pai, até porquê você não tem moral nenhuma pra isso! — Joyce riu — Você procurou por isso, não adianta ficar tentando encontar alguém para colocar a culpa, quando a culpa é toda sua.

Joyce — Você nem sabe a metade da história, então não tente da uma de esperta e fodona pra cima de mim!

— Só estou dizendo a verdade. Você estragou tudo, e sabe disso.

Joyce — Não vou discutir isso com você, Alyssa. Agora some da minha frente, pois quem vai sair dessa casa sou eu!

Olhei para Patrick, que me olhou de volta e não disse ou expressou nada. Peguei meu celular e vi uma chamada perdida, eu geralmente não me importo com isso, mas esse número já havia me ligado umas três vezes só hoje. Fui pro banheiro e retornei a ligação, e eu não posso negar que meu coração estava acelerado que eu sentia que poderia morrer, eu tinha esperança de ser ele.

— Alô? — disse assim que atenderam.

Ash — Alyssa? — assim que ouvir sua voz eu sentia uma emoção tão grande, um alívio.

— Ash? Você tá vivo!!

Ash — Não por muito tempo na verdade, eu nem poderia estar te ligando, se Fez descobri eu morro.

— Ok tudo bem, então desliga!

Ash — Temos uns minutos ainda — ficou em silêncio por uns 3 segundos — Você... Tá bem?

— Sim! Estou... Você acha que ainda vamos nos ver de novo? — ele suspirou.

Ash — Eu não sei, mas vou tentar o possível e impossível. — ouvi uns passos do outro lado da linha — Eu preciso ir.

Antes que eu pudesse me despedir, ele desligou.

♡°୭ ⌇⿴

morri não gnt😍

All For Us ─ Ashtray Onde histórias criam vida. Descubra agora