Jack levou Carina para casa quando conseguiu acalma-la. A morena chorou muito depois de sua discussão com Maya, ela estava se sentindo fraca diante dessa situação. Já estava cansada das brigas. Carina não entendi porque ficava tão irritada na presença da loira, mas não conseguia evitar. Sua raiva era tanta que ela já chegou a bater em Maya três vezes, duas dela na cara. Maya nunca pensou em revidar, mas ela via o olhar raivoso na mulher todas as vezes.
Carina respirou fundo antes de entrar em casa e ver uma miniatura sua correr até ela e lhe abraçar. Marina encheu a mãe de beijos e foi como se nada tivesse acontecido para a médica. Ela não sentia mais raiva e nem vontade de chorar, ela só sentia amor sua pequena. Ela amava tanto a filha que chegava a doer, ela a amava cada dia mais e quando Marina abraçava de forma tão intensa e sincera, ela sentia vontade de chorar.
Seria capaz de tudo por Marina, até mesmo conviver com Maya novamente.
- Sei arrivata in ritardo oggi, mama. (Você demorou hoje, mama). – Carina sorriu para o italiano perfeito que sua filha falava.
- Bambina, mi dispiace. Avevo lavoro. (Desculpa, bambina. Eu tive trabalho.)
- Hai messo al mondo un altro bambino? (Trouxe mais um bebê para o mundo?)
- Infatti, oggi ho messo al mondo tre bambini. (Na verdade, eu trouxe três bebês para o mundo hoje.)
Os olhos de Marina se arregalaram e o sorriso aumentou. Ela adorava ouvir as histórias de sua mama sobre como ela trazia os bebês ao mundo, quando era menor, costumava chamar sua mãe de "ajudante da cegonha". Carina tentava deixar a história o mais bonita possível, evitando contar quando as coisas não iam tão bem com suas pacientes.
- Podemos parar de falar italiano? Eu não entendo nada do que vocês dizem. – Jack falou sendo notado pela menina.
- Você precisa aprender italiano também, tio Jack.
Carina colocou Marina no chão e terminou de entrar em sua casa, tirando o casado e deixando a bolsa de lado. Ela dispensou a babá de Marina e agradeceu por ficar depois do horário para que ela pudesse resolver um assunto pessoal. Já tinha passado do horário da janta e Marina estava faminta, Carina não estava com disposição para fazer o jantar, então resolveu pedir uma pizza e Marina foi a que mais comemorou, afinal, não era sempre que sua mãe a deixava comer pizza no meio da semana.
Os três jantaram juntos, Marina falando sem parar como foi seu dia. Carina reclamou algumas vezes com a menina falando de boca cheia e ela pedia desculpas logo em seguida. Marina insistiu para assistir um filme depois do jantar, mas dormiu logo no começo. Carina a levou até seu quarto e trocou sua roupa por uma mais confortável e depois desceu. Jack ainda estava lá, então ela se aproximou e sentou ao seu lado no sofá, sendo recebida pelo sorriso atraente do bombeiro.
- Como você está? – ele perguntou fazendo um carinho no rosto da médica.
- O que Marina não consegue tornar melhor? – disse com um sorriso no rosto.
- Carina eu não quero me meter nessa história, você já me disse que não me cabe nela, mas eu preciso dizer... – ele encarou os olhos castanhos. – você precisa manter Maya longe.
- Você acha que eu não quero isso, Jack? Tudo o que eu mais queria era que ela não tivesse voltado, mas ela voltou e infelizmente eu não vou conseguir impedir ela de ver Marina. Agora eu preciso pensar na minha filha em primeiro lugar. Não quero minha filha metida em um processo que eu sei qual será o final, então eu preciso pensar bem no que vou fazer.
Ela suspirou e escondeu o rosto entre as mãos. Os braços apoiados nas pernas. Carina estava cansada de tanta briga, tanta discussão. Ela não queria que isso afetasse Marina de forma negativa, ela precisava pensar no que fazer. Jack a puxou para seus braços e Carina aceitou, descansando a cabeça em seu peito.
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Você pode me perdoar?
FanfictionE se depois de cinco anos, o amor da sua vida voltar? Maya pediu um tempo há cinco anos atrás. Sua vida estava uma merda e ela se sentia afundado num poço sem fim. Ela deixou sua esposa e, sem saber, sua filha. Quando ela voltar, o que a espera? Ela...