Capítulo 24 - Você pode me perdoar?

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Maya chega na casa de Carina uma caixa de pizza na mão. Italiana, do jeito que a médica gosta. Ela bate na porta timidamente e escuta passos apressados, e ela sabe que será recebida por Marina. E quando a porta se abre ela consegue ver sua linda filha vestida em uma fantasia de frozen azul e não consegue evitar a brincadeira.

- Eu acho que bati na casa errada. – Maya diz olhando para os lados como quem conferia a casa. – Eu não bati na casa da frozen, eu queria falar com Marina...

- Eu congelei Marina. – ela diz entrando no personagem. – E congelei a mama também.

- Meu Deus! Eu tenho que salvar as duas. – Maya arregalou os olhos.

- Elas só podem ser salvas com o beijo do verdadeiro amor. – Maya riu, mas continuou brincando.

- Então eu vou salvar Marina para que ela salve a mama dela. – Maya se abaixou e deu vários beijos na menina, que riu animada.

- Agora eu vou salvar a mama.

Marina correu na frente de Maya, a loira escutou um gritinho de Carina antes de entrar na sala e ver a menina jogada em cima da mãe dando beijos por todo o rosto dela.

- Pronto, a mama já foi salva. – ela encarou a italiana. – eu sou seu verdadeiro amor, mama.

Carina riu e puxou a menina para um abraço apertado.

- Sim, você é meu amor.

As mulheres se olharam por alguns instantes. Maya quase se perdeu nos castanhos tão brilhantes que Carina tinha. Olhar para eles era como voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Era como chegar em casa depois da guerra e encontrar a paz depois de tantos anos. Carina era como o um sopro de ar fresco na vida de Maya. Sempre foi, isso não mudou com o passar dos anos.

E ela estava tão linda vestida em roupas confortáveis, um short jeans solto e uma camiseta que marcava bem seu busto. Os cabelos presos em um coque frouxo e alguns fios caindo no seu rosto livre de qualquer maquiagem. Carina era perfeita sem esforço nenhum.

- Trouxe pizza. – ela exibiu a caixa ainda sorrindo feito uma idiota para a mulher.

- Estou morrendo de fome. – Marina diz arrancando risadas das mulheres, que saíram de seu transe momentaneamente.

- Vamos comer então. – Maya chama e a menina corre para a cozinha. Carina não se dar ao trabalho de a repreender por estar correndo dentro de casa, ela levanta do sofá e se aproxima da loira da qual já sentia saudades.

- Como foi no trabalho?

- Chato. – a morena rir aquecendo o coração da loira. – Estava ansiosa para voltar para vocês. Você está linda.

Carina rir sem graça, mordendo o lábio inferior. Ela gosta de ser inclusa na fala de Maya, da sensação que isso trouxe. Ela não estava ansiosa para ver somente a filha, mas Maya também queria vê-la.

- Você não pode me olhar assim e dizer essas coisas quando eu não posso beijar você do jeito que eu quero. – ela murmurou bem próxima de Maya.

A loira sentiu suas bochechas ficarem vermelhas só de pensar nos beijos trocados na noite passada. Ela queria tanto repedir o momento, mas sabia que era melhor esperar até conversarem e decidirem o que aconteceria com elas.

- Eu estou com fome! – Marina chamou da mesa, tirando as duas de seu mudinho particular.

- Nós já estamos indo, bambina. – Carina anunciou sem tirar os olhos da loira e piscou antes de seguir para a cozinha.

Maya suspirou satisfeita antes de acompanhar a médica. Esse clima entre elas era bom e ela queria aproveitar cada segundo pois sabia que a conversa que teriam poderia estragar o clima. E ela tinha apenas uma certeza, ou ela terminaria de vez ou ficariam juntas de novo, fortes como uma rocha. E era pela segunda opção que Maya iria lutar.

Você pode me perdoar?Onde histórias criam vida. Descubra agora