Sabe quando você está montando um quebra-cabeça e a imagem final começa a se revelar? Quando tudo começa a fazer sentido e as peças se encaixam quase automaticamente? Sabe aquela sensação de paz interior? De estar no lugar certo com a pessoa certa? De saber que era exatamente isso que você deveria fazer o resto de sua vida? Era assim que Maya se sentia com Carina em seus braços.
O beijo ansioso do começo virou um beijo lento, mas intenso. As bocas se encaixavam tão bem quanto da última vez, e o gosto... o gosto de doce, tão bom quanto voltar para casa. As línguas se encontravam e dançavam uma sobre a outra, numa sincronia perfeita. Esse beijo era diferente porque marcava um novo recomeço, e era um aviso de que elas nunca deveriam ter passado tanto tempo longe uma da outra.
Carina puxou Maya mais para perto fazendo a loira cair sobre ela no sofá. Maya sorriu, mas continuou beijando-a com saúde. Nunca seria o bastante para compensar o tempo perdido. Carina subiu as mãos pelos fios dourados e os puxou para trás, fazendo uma pressão gostosa que fez Maya gemer na boca da mulher. As pernas se entrelaçando enquanto Maya ajustava o corpo para não ficar com seu peso inteiro na médica.
Maya desceu os beijos pelo maxilar de Carina, sentindo o gosto de sua pele quente. Ela chupou o pescoço da morena devagar, deixando uma leve marca, antes de encarar Carina. Um sorriso estupido estampado nos rostos das duas. Ainda parecia um sonho que ela estava assim com Carina de novo, e dessa vez elas não precisavam fingir que nada aconteceu ou ficar com vergonha. Elas estavam finalmente caminhando para algo bom, algo certo. Algo que nunca deveria ter acabado.
Carina sabia pelo olhar de Maya que ela queria falar alguma coisa, mas ela não queria. Tudo o que Carina queria era continuar beijando a loira e explorando todo o seu corpo com as mãos, sentindo cada pedacinho de pele que ela pudesse até ter certeza que isso finalmente estava acontecendo.
- Quais são as regas agora? – Maya perguntou fechando os olhos quando sentiu os lábios de Carina em seu pescoço, os dentes afiados arranhando levemente sua pele clara.
- Como assim? – Carina perguntou com a voz rouca, sem entender, sentindo a pele da loira arrepiada.
- Como devemos fazer a partir de agora? – Maya juntou todas as suas forças para segurar o rosto da morena e afasta-la de si, encarando os belos olhos castanhos que agora estavam escuros. – Nós iremos devagar, certo? Tipo se conhecer de novo. Mas nós estamos namorando? Ou apenas saindo? Podemos contar para alguém? Como faremos com Marina?
Carina começou a rir do quando Maya parecia adorável nervosa e fazendo tantas perguntas. Eram pontos importantes que elas precisavam discutir, mas ela não tinha pensado muito nisso também.
- São realmente muitas perguntas, então vamos começar com o mais simples... – ela suspira pensando um pouco. – Nós realmente não estamos namorando. Eu sei que já fomos casadas, mas isso aqui é um recomeço, então vamos começar bem do início. Passamos muito tempo longe uma da outra, mudamos muito, e apesar da nossa conversa de hoje ter sido boa, nós ainda temos muito o que conversar.
- Eu sei, eu sei... mas nós vamos conversar, certo? Nós vamos fazer dar certo, não é? – sua voz parecia um pouco ansiosa, talvez até desesperada por uma resposta positiva e Carina percebeu isso.
- Nós vamos. – Carina murmurou acariciando o rosto da loira e beijando seus lábios levemente. – Segunda coisa que eu acho importante: devemos ter nosso tempo. Acho que não precisamos manter segredo, mas seria bom curtir esse primeiro momento apenas nós duas. Acho que Marina também não precisa saber, ela não teve uma reação boa quando contei do Jack, tenho medo que isso aconteça de novo.
- Você acha que ela não vai gostar?
- Eu acho que ela vai ficar com ciúmes. Sempre fomos nós duas e ter uma outra pessoa para dividir a atenção pode causar incomodo no começo...
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Você pode me perdoar?
FanfictionE se depois de cinco anos, o amor da sua vida voltar? Maya pediu um tempo há cinco anos atrás. Sua vida estava uma merda e ela se sentia afundado num poço sem fim. Ela deixou sua esposa e, sem saber, sua filha. Quando ela voltar, o que a espera? Ela...