As risadas pareciam músicas para seus ouvidos, e a cena que Carina assistia era ainda melhor. Ela nunca pensou que fosse viver isso depois que Maya foi embora, nunca se imaginou tão feliz assim, mas como a vida é uma verdadeira caixinha de surpresa, olha onde ela estava agora... sentada embaixo de uma árvore enquanto assistia Maya e Marina brincarem de bola.
Ela tinha preparado uma mesa de piquenique, com frutas e sanduíches. Ali, sentada naquela sombra, ela observava sua filha e namorada brincarem de futebol. Maya havia feito um gol improvisado com suas sandálias, e elas brincavam como se estivessem em um jogo de verdade, cada uma comemorando quando fazia seu gol, e Carina não tinha um time em particular, ela torcia sempre alguém fazia um ponto.
De vez enquanto elas caíam no chão e bolavam juntas, Maya fazia cócegas na menina e ganhava vantagem com a bola. Marina reclamava, mas sempre voltava para a brincadeira. Ela era persistente em tudo que fazia, até mesmo nesses momentos de brincadeiras Marina não gostava de perder, então sempre que Maya comemorava um gol, ela se dedicava mais. Essa era uma coisa que ela herdou da loira, tentar ser melhor em tudo que fazia, e foi por isso que Carina encerrou a brincadeira declarando a filha campeã e as chamando para tomarem um copo de suco. Marina se dedicar em ser melhor nas coisas era definitivamente uma qualidade, mas ela não queria que isso se tornasse uma obsessão.
Marina gostava de se espelhar nas pessoas, primeiro foi na mãe italiana, depois nos tios bombeiros e agora em Maya. Ela queria ser igual sua mãe loira, o que era lindo, mas ela ainda era muito nova para querer ser melhor em tudo.
- Eu cansei, mama. – Marina disse quando sentou ao lado de sua mãe. Carina riu e serviu duas taças de suco, já que Maya se aproximava também.
- Você jogou bem, pequena. – a loira disse beijando o rosto suado da filha antes de sentar.
- Eu ganhei de você. – ela abriu um sorriso vitorioso.
- Na próxima eu não vou pegar leve. – Maya falou sério e Carina sorriu, porque sabia que não era verdade. Maya podia perder de propósito só para ver sua filha sorrir.
- Eu tenho duas crianças em casa. – Carina suspira. – Já está começando a ficar tarde, porque vocês não tomam um banho?
- Pode ser no lago? – os olhos de Marina brilharam na expectativa de voltar para o lago.
- Não, banheiro. – a italiana disse firme.
Maya e Marina trocam um olhar e, com um sorriso no rosto, a loira balança a cabeça. Marina sabia o que aconteceria a seguir, então ela avança em sua mãe ao mesmo tempo que Maya e agarraram a médica, enchendo-a de beijos.
- Vocês estão suadas! – ela fingiu estar brava, mas tinha um pequeno sorriso no rosto. Quando elas se afastaram, Carina encarou feio as duas.
- Agora, corre! – Maya gritou e ambas correram em direção ao chalé, mas Carina ficou parada com a mesma cara de brava, embora estivesse segurando uma risada.
- Vai ter troco! – ela gritou.
Como eu sou sortuda – pensou.
Mesmo peguenta de suor, ela ficar ali recolhendo as coisas enquanto dava tempo para as duas tomarem banho. Já estava no fim do dia e elas ainda tinham mais uma programação naquela noite. Maya insistiu que queria fazer uma fogueira ao ar livre e, embora não estivesse um dos dias mais frios, ainda iria esfriar um pouco. Talvez uma fogueira fosse bem-vinda. Quando ela voltou para o chalé e terminou de lavar a louça, Maya e Marina saíram do banheiro e já arrumadas, anunciando que iriam procurar galhos secos para a fogueira. Carina ganhou um leve beijo no rosto antes da loira sair com sua filha, e revirou os olhos sabendo que Maya continuava insistindo em não trocarem muitas caricias na frente de Marina – porque foi exatamente assim que Maya foi criada, mas a italiana gostava de afetos, e queria ser livre para beijar sua esposa na frente de sua filha para mostrar o quanto elas se amam.
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Você pode me perdoar?
FanfictionE se depois de cinco anos, o amor da sua vida voltar? Maya pediu um tempo há cinco anos atrás. Sua vida estava uma merda e ela se sentia afundado num poço sem fim. Ela deixou sua esposa e, sem saber, sua filha. Quando ela voltar, o que a espera? Ela...