III. As desventuras de Dipper e Mabel

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Os irmãos gêmeos, Dipper e Mabel, olhavam para a viga no teto, de onde a coruja falante saiu voando e foi pousar em cima da pequena escrivaninha cheia de livros.

A ave ajeitava suas penas vaidosamente, quando a garota começou a falar:

-Minha nossa! Uma coruja fofa que fala!

-Surreal! Mas não é tão esquisito quanto tudo aquilo que ja vimos aqui. - falou Dipper.

-Falam da ascensão de Bill Cipher, correto? Isso preocupou um pouco Aethel, mas ficamos felizes que conseguiram resolver essa bagunça.

-Sabe de Bill Cipher?! Mas como? Tudo aquilo foi mantido sob sigilo absoluto! - perguntou Dipper.

-É suficiente dizer que chamaram nossa atenção, vocês dois. Quem pensaria que dois gêmeos de 12 anos fariam tantas coisas! Imagino que foi por isso que "ele" nos enviou aqui.

-"Ele" quem? Esse tal de Aethel? - perguntou o rapaz.

-Não meu rapaz, falo de Merlin.

-Merlin? "O" Merlin?! - falou Dipper.

-Ai meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus! Um mágico de verdade! Que coisa mais incrível! - falou Mabel.

-Se Merlin é real, então a "távola redonda", Morgana e até o rei Arthur também eram reais?! -falou Dipper.

-Ah, Sim, Arthur, nos acostumamos a chamá-lo de Wart - respondeu a coruja.

-Mas que incrível! Nossa, tenho tantas perguntas, será que poderia nos dizer se...

-Me desculpe Dipper, mas não temos tempo agora, preciso levar o livro de botânica para Aethel, ele está recolhendo exemplares na floresta.

Neste momento, a coruja pegou o livro de botânica na mesa e preparou-se para voar pela janela, quando Dipper insistiu para acompanhá-la.

Arquimedes não viu problema algum, então os gêmeos acompanharam a ave até o interior da floresta, onde esperavam encontrar Aethel e, quem sabe, o lendário Merlin.

A floresta de Gravity Falls parecia não ter fim, mas havia algo mais naquele lugarzinho do Oregon, que destacava aquela região verde de todas as outras do país...

Esquisitices debaixo de cada pedra.

Não era difícil perceber o quanto aquele lugar esverdeado era diferente, afinal de contas, Mabel já estava chutando alguns gnomos malandros, enquanto era assistida por algumas fadas do vômito que, hora riam, hora vomitavam; um espetáculo tão patético quanto desagradável.

Arquimedes apenas ignorava aquela cena ridícula e buscava localizar Aethel voando acima das árvores, enquando Dipper tentava buscar rastros do misterioso rapaz em meio a grama.

-Se passou por aqui, deve haver pegadas ou sinais de plantas cortadas. - observou Dipper.

-Pode estar certo Dipper, mas o que ele veio colher na floresta? Será que ele quer flores? - perguntou Mabel.

-Mabel, o cara tem um arco, uma coruja falante e um montão de livros de história, filosofia, botânica e outros mais... acha que ele viria até a floresta apenas para colher flores?! De verdade?! - perguntou Dipper.

-Quem sabe ele quer colher um buquê de flores para uma linda princesa que está presa em uma torre, junto com um dragão cuspidor de fogo e um bruxo malvado que solta lasers pelos olhos! Ai meu Deus! O Aethel deve ser um cavaleiro que vai salvar a princesa e se casar com ela!

-O quê?! Você ficou maluca, Mabel? Aliás, como pode pensar nesse conto de fadas esquisito enquanto chuta um gnomo? - perguntou Dipper.

-Bem... você sabe... chutar gnomos... cavaleiros reluzentes... combinam muito.

As Crônicas de Aethel: O Livro dos MagosOnde histórias criam vida. Descubra agora