Abertura:
Saudações.
Antes de iniciar o capítulo propriamente dito, gostaria de agradecer a todos aqueles que tem acompanhado esta humilde narrativa desde o início.
Escrever um texto não é, particularmente, difícil, mas criar a atmosfera que prenda o leitor e o faça mergulhar no mundo fantasioso (e, algumas vezes, "lúdico") já nos conduz a certos desafios.
Por mais que haja divertimento por parte do autor, sempre é imprescindível que o público também partilhe dessa diversão, pois, enquanto o primeiro dispende tempo na elaboração do conteúdo narrativo, o segundo dispende tempo na apreciação do manuscrito.
Por isso, dirijo aos leitores meus mais sinceros agradecimentos.
***
Foi durante os dias sombrios do inverno, durante alguma data esquecida da baixa idade média, quando a violência e a brutalidade imperavam, que aquele rapaz franzino realizou um feito extraordinário.
Tratava-se de um menino de 11 ou 12 anos, com cabelos dourados, como o trigo da alta estação de colheita, rosto um pouco pálido, olhos castanhos, túnica vermelha (mas simples, como caberia a um humilde escudeiro), cachecol amarelo, calças alaranjadas e botas avermelhadas que, a bem verdade, compunham um conjunto equilibrado.
O grande torneio (cujo vencedor seria coroado o novo rei da Inglaterra) havia cessado e uma multidão se amontoava ao redor de uma praça, próxima a grande catedral, onde aquele rapaz removia com seus braços finos uma grande espada reluzente de uma bigorna (essa estando assentada em cima de uma rígida pedra).
Os sinos da igreja badalavam alegremente, enquanto o jovem era iluminado por uma luz, vinda dos céus, como se Deus também se alegrasse com aquela cena pitoresca.
Todos gritavam, com imensa alegria, "Viva o rei Arthur! Deus salve o rei!", e o rapaz, sem entender o que ocorria, surpreendia-se com sir Hector, que se ajoelhava-se diante dele e lhe pedia perdão, enquanto ordenava que seu filho, Key, se curvasse "diante do rei", segundo suas próprias palavras.
Naquele dia de inverno, um novo rei nasceu para salvar aquela nação da anarquia: Arthur Pendragon, filho de Uther Pendragon, discípulo de Merlin, filho adotivo de sir Hector e meio irmão de sir Key.
Em suas divagações, Merlin se recordava, com muito carinho, desse dia abençoado, quando seu pupilo entrou para aquele lendário ciclo de lendas que inspiraram escritores, artistas e homens de grande valor no decorrer da história.
O mago via Arthur (ou Wart, como se acostumara a chamá-lo) como a prova de que a educação poderia mudar a forma de pensar do povo, trazendo paz e evitando crises por meio de líderes valorosos e bem preparados.
Merlin a muito deixara as mágicas heróicas para trás, ocupando-se agora de ensinar as pessoas humildes, tal qual os 12 discípulos, sempre ressaltando que "inteligência supera força", algo que madame Min e Gael jamais seriam capazes de entender.
De repente, cortando as reflexões do mago, Tristan entrou voando na Cabana do Mistério e anunciou a nova calamidade que se abatera sobre todos eles: Aethel confrontou Gael, mas terminou sendo morto.
Enquanto Dipper, Mabel, Stan, Ford, Wendy, Soos e Melody ficavam atônitos, Merlin permanecia tranquilo, sentado na velha poltrona e tomando um chá de hortelã, enquanto Arquimedes tentava entender os últimos acontecimentos pelos olhos do feiticeiro.
Por alguma razão, a voz do pequenino alado foi entendida com perfeição: os belos sons de sinos, que tilintavam de forma doce e encantadora, deram lugar a palavras comuns! A língua das fadas era tão compreensível quanto a dos homens.
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As Crônicas de Aethel: O Livro dos Magos
FanfictionEm uma noite escura de novembro, o jovem Aethel chega em Gravity Falls, junto com sua coruja falante, Arquimedes, para uma missão desconhecida. Em dezembro, os "gêmeos do mistério", Dipper e Mabel Pines, voltam a essa cidadezinha do Oregon para reve...