XIX. O Presente de Natal

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Nota do Autor:

Saudações a todos.

Gostaria de dirigir meus mais sinceros agradecimentos a todos os leitores que, apesar da humildade deste trabalho a que chamei "As Crônicas de Aethel", se dispuseram a lhe dar o voto de confiança e acompanhar os capítulos, até chegar neste último, que chamei carinhosamente de "O Presente de Natal".

Se consegui divertir algum leitor (tanto dos que acompanharam a produção desta obra, quanto dos que a pegaram já concluída) então terei alcançado meu mais sincero desejo, que era trazer um pouco de alegria e reflexão ao público.

Meus aplausos a todos, acompanhados de minha gratidão.

***

A neve branca e fofa cobria os grandes arvoredos de Gravity Falls, o lago talvez já estivesse congelado, porém, o clima festivo do dia anterior ainda se mantinha na Cabana do Mistério, a despeito do silêncio inicial da manhã.

O cheiro de panquecas assadas, chocolate quente e biscoitos saindo do forno encheu o ambiente e chegou até o telhado, onde Aethel observava o nascer do Sol, que iluminava o manto nevado sobre aquela vista magistral.

Ainda era bastante cedo, porém, os pais de Dipper e Mabel haviam chegado à cabana cerca de 45 minutos atrás, então Stan precisou fazer o sacrifício de acordar cedo, enquanto Ford arrumava seus instrumentos científicos, Wendy varria a sala e Soos preparava o café, tendo Melody e Mabel como ajudantes.

Aethel havia cumprimentado os pais de seus amigos com educação e cavalheirismo, mas retirando-se logo em seguida (pois desejava assistir o nascer do Sol), deixando Mabel um pouco surpresa, pois a garota esperava impressionar os pais com o status real de seu querido amigo.

Aquele dia deveria ser feliz, pois era 25 de dezembro, porém, havia qualquer coisa de melancólica no ar, considerando que aquele seria o último dia de Mabel e seu irmão em Gravity Falls.

Olhando com tristeza para o horizonte, Aethel pegou de seu bolso aquilo que havia guardado no dia anterior: o coracor, que tantos problemas havia causado a todos.

Enquanto refletia sobre aquele objeto, Aethel começou a sentir um pouco de frio e, neste momento, se deu conta de que ainda vestia as roupas que Stan lhe havia presenteado no dia anterior, inclusive o boné e o colete.

"Não é muito adequado para a ocasião", suspirou o jovem, enquanto admirava os pinheiros cobertos de neve, porém, precisou deixar as divagações de lado, pois uma voz o chamava da janela: era Mabel, que lhe trazia biscoitos e chocolate quente.

"Eu trouxe chocolate quente, você não tomou seu café ainda", disse Mabel, com seu sorriso gracioso, ao que Aethel agradeceu com cortesia:

–Obrigado, Mabel, foi muito gentil.

–Você parece pensativo, aconteceu alguma coisa? Quer dizer, eu sei que aconteceu um montão de coisas, tipo um mago tentando dominar o mundo, você morreu e depois voltou a vida, a cidade pegou fogo e toda aquela loucura... mas em Gravity Falls essas coisas já se tornaram habituais.

–Está tudo bem, Mabel – disse o rapaz, tentando acalmar a garota afobada – apenas estava pensando em como deve ser administrar um país. Em breve, Merlin me levará até a grande capital e a coroação vai acontecer... está tudo bem, é a vontade de Deus.

–Mas você não parece estar muito feliz com isso... não quer ser rei?

–Amanhã você voltará com seus pais para Piedmont, não é?

A garota ficou em silêncio e começou a se sentir estranha, como se as belas estrelas do grande manto da noite começasse a desaparecer, dando lugar ao céu diurno limpo, azul e alegre que, a despeito de sua grandeza, não possui o brilho reluzente e estrelado que a noite propicia.

As Crônicas de Aethel: O Livro dos MagosOnde histórias criam vida. Descubra agora