VII. O Misterioso Tristan e a Chegada de Merlin

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A flecha foi disparada com a precisão de um sniper a serviço do Mossad, forçando Aethel a empurrar Mabel para sua esquerda, no intuito de protegê-la; dois segundos e tudo estaria acabado.

De repente uma surpresa...

A flecha caiu após acertar uma maçã.

Björn ficou sem reação; quem ou o quê teria arruinado aquela oportunidade perfeita? Já não importava mais; tudo estava perdido, então o elfo sombrio precisava abandonar os arbustos que tão bem lhe serviram para se ocultar e avançou contra Aethel, determinado a matá-lo.

Qual a razão daquele desejo tão sinistro? Talvez nem Björn pudesse responder a essa questão, apenas sabia que o discípulo de Merlin era uma ameaça a seu mestre, aquele que poderia restaurar a ordem e por fim ao caos.

Mabel fitou os olhos daquele elfo e notou algo que não percebeu quando o conheceu, poucos dias antes; uma profunda tristeza.

A garota abaixou os olhos, sentindo que devia prestar algum respeito àquele olhar desolado, ainda que pertencesse a alguém que lhe ameaçava a vida e quase matara seu amado irmão, Dipper.

Björn se deteve por um momento, tentando colocar a mente no lugar, em seguida, sacou duas pequenas adagas, cada uma de cerca de 12 ou 13 cm, das próprias mangas e avançou contra Aethel; as esperanças de Merlin precisavam morrer ali, com o aluno do grande mago.

Aethel avançou contra o elfo, estendeu o braço esquerdo e lhe aplicou uma palma forte no centro do tórax, deixando o elfo sem ar.

Como um bom observador, estava claro para o rapaz que Björn não estava preparado para um combate e, provavelmente, não dominava muito bem suas lâminas.

Se ajoelhando devido a dor, Björn tentou um ataque rápido a partir de baixo, o que foi evitado por Aethel no último segundo sem, no entanto, evitar um corte na bela camisa preta que Luna lhe presenteara.

A fada tentou jogar alguns pedaços de grama no rosto do elfo, mas esse afastou-a com um tapa forte, que a deixou caída ao chão.

A seguir, Björn encheu suas adagas com uma estranha energia roxa e aplicou um corte em "X" que teria separado o braço direito de Aethel do corpo, caso Mabel não o puxasse para trás com velocidade.

As lâminas, outrora pequenas, agora pareciam espadas de quase 40 cm! Tudo graças a estranha magia sombria que se estendia pelo metal, como se fosse parte das lâminas.

Neste momento, Aethel correu em direção ao inimigo, curvou-se rápido por entre as flores, desviou de uma estocada direta aplicada pela lâmina direita de Björn. Logo a seguir, atirou um torrão de terra no rosto do adversário, cegando-o, para, em seguida, agarrar seu braço esquerdo, puxando-o para baixo e pulando para suas costas; o jogo acabou...

Segurando os braços de Björn pelas costas com força, o rapaz obrigou o elfo a largar suas adagas e permanecer ajoelhado.

A expressão de ódio no elfo era insana, ao que Aethel começou a interrogar seu prisioneiro:

-Se não quiser perder os braços, sugiro que responda minhas perguntas sem gracinhas. Quem realmente é você?! Quem te mandou e porquê está atrás de nós?!

-Devo acreditar que um "pupilo do mago" cometeria ato tão bárbaro e incivilizado? Até onde me lembro, esta é uma Era imunda, mas os mortais ainda fazem suas leis... será que neste Estado você não seria executado por essa violência? Hahaha.

-Silêncio! Mais uma insolência como essa e corre o risco de não respirar mais! Acha que tem algum direito de me dar lições de moral? É a segunda vez que quase mata essa garota, seu bárbaro! - disse Aethel.

As Crônicas de Aethel: O Livro dos MagosOnde histórias criam vida. Descubra agora