Abertura:
Saudações a todos.
Devido a temática deste capítulo, acabei fazendo menção de personalidades históricas memoráveis, assim como de certos episódios que, embora não tenham sido vistos na série animada de "Gravity Falls" (que tanto amamos), foram mencionados em fontes menores.
O essencial será explicado nas notas finais e, portanto, os leitores não terão dificuldades de pegar as referências, mas, caso tenham alguma pergunta qualquer, podem fazê-la nos comentários.
Aproveitem a leitura e, acima de tudo, sorriam.
***
O Sol brilhou no céu, iluminando a grande floresta de Gravity Falls, o lago, o Solar Northwest, a pequena cidade...
E a icônica Cabana do Mistério, com seu cata-ventos, totem, o humilde carrinho de golfe e aquela grama verde e fresca, regada na noite anterior pela chuva. O cheiro de terra úmida traria uma sensação de paz e energia para qualquer um que visitasse aquele lugarzinho tão peculiar, mas não era esse o caso em questão; a cabana estava fechada para visitação e o clima geral era de tristeza.
Mabel Pines havia velado Aethel a noite inteira, chegando a cochilar algumas poucas vezes, mas sempre acordando e retomando aquilo que, segundo ela, era um dever para com aquele que lhe protegera mais de uma vez.
Os olhos da garota estavam sonolentos e ainda mostravam sinais das lágrimas que, ao longo daquelas horas dolorosas, haviam regado sua face.
Aethel ainda dormia profundamente, então não presenciou a chegada de Merlin, com seu lindo manto azul celeste, sapatos azuis e confortáveis, chapéu azul em forma de cone, óculos redondos e uma barba que, embora um pouco desgrenhada, mostrava sinais claros de cuidados regulares.
Mabel olhou para o gentil senhor e lhe pediu:
-Por favor, o senhor pode curá-lo?
-Nem tudo se resolve com magia, minha cara. Uma noite de sono e uma xícara de chá é tudo que ele precisa. Claro, talvez um pouco de distração pudesse fazer ele se sentir ainda melhor... ouvi a respeito de uma adorável garota que adora açúcar e gosta de alegrar as pessoas.
-Adorável? Eu? Eu não fiz nada além de atirar uma flecha nele.
-E graças a isso, todos estão sãos e salvos. Inclusive ele - disse Merlin, com delicadeza - por você ter confiado nele no momento mais difícil.
-Ele está tão ferido, eu queria fazer algo.
-A cruz que ele carrega ficará ainda mais pesada, senhorita Mabel. Minha mágica poderia curar suas dores físicas, mas não preencher o vazio em seu coração. Mais do que isso, Aethel ficaria furioso se eu o curasse. Uma vez ele me disse que era "anti-natural"... e tinha razão, hahaha.
-Então, o que podemos fazer? - perguntou Mabel, sem tirar os olhos do rapaz adormecido.
-Me diga a senhorita - disse o mago, sorrindo docemente - como faria para animar alguém que está triste e machucado?
-Ele me mostrou um teatro de fadas...bem...e uma vez eu fiz um teatro de meias...
-Um teatro de meias é uma excelente ideia. Ele ficaria muito alegre.
Enquanto os dois conversavam sobre o teatrinho, Aethel acordou, dolorido, mas insistindo para se levantar...
Até que Mabel Pines o deteve colocando as mãos em seus ombros e dizendo com a determinação de uma leoa protegendo os filhotes:
-Você vai ficar deitado até melhorar!
-Mabel, Gael está aí fora, em algum lugar, com duas partes do objeto mais poderoso e perigoso do mundo. Me perdoe, mas o dever me chama.
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As Crônicas de Aethel: O Livro dos Magos
Fiksi PenggemarEm uma noite escura de novembro, o jovem Aethel chega em Gravity Falls, junto com sua coruja falante, Arquimedes, para uma missão desconhecida. Em dezembro, os "gêmeos do mistério", Dipper e Mabel Pines, voltam a essa cidadezinha do Oregon para reve...