Eram 6:00h em ponto, quando todos saíram da Cabana do Mistério; Dipper, Ford, Aethel e Tristan estavam caminhando pela floresta de Gravity Falls, seguindo na direção das cataratas de Trembley, onde Stanford, muitos anos atrás, havia encontrado um túnel secreto cheio de pinturas rupestres estranhas.
Eram resquícios dos habitantes primitivos de Gravity Falls, mas Ford nunca teve tempo de explorar aquele túnel adequadamente, já que, na época, estava sendo manipulado por Bill Cipher e, por isso, perdia tempo construindo um portal interdimensional.
Tristan guiava a expedição, enquanto Dipper folheava o diário 3, buscando ler sobre o túnel:
-Isso é incrível! Você e o velho McGucket exploraram as cataratas de Trembley no passado! Tivô Ford, eu nem lembrava que tinha lido isso no diário!
-Sim, Dipper. Bons tempos aqueles, bons tempos...- sorriu Ford.
-Fiquem juntos, por favor, estamos seguindo uma trilha conhecida, mas não sabemos se Björn ainda está por aí. - disse Tristan.
Aethel permanecia em silêncio; tinha coisa demais na cabeça para prestar atenção nos comentários de Dipper ou nas histórias de Ford.
Seguiram pela floresta e tiveram de passar por um morro bastante incômodo até que, finalmente, chegaram nas famosas cataratas de Trembley, nomeadas em homenagem ao mais peculiar chefe de Estado que aquele país já havia conhecido.
Passando pela cachoeira, encontraram um túnel em seu interior, com uma escada de madeira que parecia ser muito antiga.
Ford capturou alguns geodites (criaturinhas esféricas cobertas por cristais que brilhavam) com uma rede fina e usou-os como lanternas.
Todos ficaram impressionados com os desenhos pictóricos, mas Tristan tocou em uma parte da parede mais ao fundo, fazendo seus desenhos e estranhos glifos brilharem como se feitos de ouro:
-Vejam todos. Esses desenhos fazem algum sentido para vocês? - perguntou Tristan.
-Vejamos... parecem retratar algum tipo de batalha primitiva... estou identificando um cavalo que está pisando o solo e... parece que isso está rachando o chão. O equino parece estar cercado por sete estrelas do mar e peixes. Pode ser uma representação de algum terremoto que prejudicou o povo original destas terras. - disse Ford.
-Ignorem essa parte, ela faz referência a um mito antigo sem ligação com nosso problema atual, o que quero indicar é a figura à direita. - disse Tritan, apontando para o desenho de um homem.
Era a figura de um guerreiro desenhado em perfil, como nos murais do antigo Egito, portando um arco na mão direita e um amuleto na mão esquerda abaixada; parecia retratar algo importante, pois aquele conjunto de ilustrações tinha estado oculto até Tristan tocar a parede.
Aethel olhou com atenção e tocou no rosto da figura quando, de repente, Dipper fez um comentário:
-Que esquisito... esse cara parece com você.
Aethel viu o olhar da figura e, de repente, pareceu ser sugado por aquele conjunto de figuras...
O rapaz havia acabado de atravessar a parede para um mundo escuro, vazio, silencioso, mas a curiosidade parecia suplantar o medo inicial, então Aethel flutuou por aquela imensidão sem nada, em busca de algo interessante.
Uma luz parecia brilhar forte no vazio distante e, conforme Aethel se aproximava, ela cresceu e o cobriu por inteiro.
De repente, o rapaz viu inúmeras bolhas que mostravam as mais variadas imagens, como se fossem telas de inúmeras realidades distintas para as quais não poderia adentrar, por maior que fosse seu desejo aventureiro.
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As Crônicas de Aethel: O Livro dos Magos
FanfictionEm uma noite escura de novembro, o jovem Aethel chega em Gravity Falls, junto com sua coruja falante, Arquimedes, para uma missão desconhecida. Em dezembro, os "gêmeos do mistério", Dipper e Mabel Pines, voltam a essa cidadezinha do Oregon para reve...